IMG-LOGO

Cade aprova compra da Masisa pela Arauco

Por Jeniffer Oliveira - 20 de Novembro 2017
Masisa.jpg

A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, a compra da produtora de painéis de madeira Masisa do Brasil pelo grupo chileno Arauco, de acordo com despacho publicado na última quinta-feira (16) no Diário Oficial da União.  A transação, avaliada em 102,8 milhões de dólares, prevê a aquisição pelo grupo florestal Arauco de fábricas da Masisa localizadas em Ponta Grossa (PR) e Montenegro (RS).

 

A Masisa do Brasil, do grupo Masisa, atua na produção de painéis de madeira, dentre eles MDF e MDP. Além do Brasil, o grupo chileno tem unidades fabris no México, Chile, Argentina e Venezuela e florestas no Chile, Argentina e Venezuela. A Arauco do Brasil tem como atividade principal a fabricação de painéis de madeira de MDF e de MDP. O Grupo Arauco, divisão florestal da Empresas Copec, possui seis empresas no Brasil com atividades química, industrial e florestais, além de participação societária em outras duas empresas.

 

De acordo com o despacho, as empresas assumiram "compromisso de não concorrência e de não aliciamento com o negócio adquirido pelo período de três anos após o fechamento", de forma a evitar que a Masisa exerça pressão competitiva com o negócio adquirido em um curto período de tempo. "Pelo exame dos termos da cláusula de não concorrência, bem como sua duração proposta, a Superintendência-Geral entende que os termos são compatíveis com a jurisprudência do Cade", disse o órgão em despacho.

 

O Cade analisou o impacto da transação, anunciada no início de setembro, para os mercados de plantação de florestas para extração de madeira, de painéis de MDF e MDP e de resinas melamínicas.

 

A expansão da Arauco no Brasil ocorre após o fracasso de suas negociações com a J&F Investimentos pela Eldorado Brasil. Com a aquisição da Masisa no Brasil, a Arauco poderá se consolidar como o segundo maior produtor de painéis no país.

 

Com informações da Reuters

Comentários