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Conectividade nas salas

Por Daniela Maccio - 28 de Junho 2016
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Em fevereiro deste ano, um estudo intitulado Real Living entrevistou 10.050 britânicos e descobriu que 70% deles costuma utilizar um dispositivo móvel enquanto assistem TV. Este percentual sobe para 87% entre os jovens com idade entre 16 e 34 anos, com picos de uso multidispositivo entre as 18h e 21h. Porém, 50% dos entrevistados disseram que o aparelho de TV é o ponto focal da sua sala de estar. No Brasil, o cenário não é diferente. Grande parte das pessoas que assistem TV também usa uma segunda tela digital para fazer outras atividades simultaneamente.

 

No final do ano passado, uma pesquisa mostrou que 75% dos espectadores de TV com idade entre 14 e 55 anos realizam outras atividades enquanto assistem à programação. O uso mais comum dos brasileiros para dispositivos móveis na frente da TV é o envio de mensagens de texto (61%). Na ocasião, mais da metade dos telespectadores também relatou a realização de pesquisas na internet e uso de redes sociais enquanto assiste à TV. Para Matt Hill, diretor de pesquisa e planejamento da Thinkbox, empresa especializada que trabalha com marketing para as principais emissoras britânicas, a situação não indica uma substituição do televisor por smartphones ou tablets. Ele acredita que as pessoas sempre fizeram outras coisas enquanto assistiam TV, e continuarão fazendo. Segundo ele, usar dispositivos móveis conectados é apenas a atividade mais recente adicionada à lista.

 

Uma das principais conclusões sobre as pesquisas é a de que o entretenimento passou a ser apenas uma pequena parte da atividade de mídia da sala de estar. Agora ela é um espaço multifuncional onde as pessoas transitam entre atividades individuais e em grupo, seja ela comprar, usar mídias sociais, verificar e-mails, trabalhar ou enviar mensagens.

 

Os novos hábitos e o mobiliário

Para a arquiteta Natália Ávila, de São Paulo (SP), os novos hábitos do consumidor, assim como os dispositivos conectados, mudaram o mobiliário da sala de estar e vão continuar a fazê-lo. “Falando especificamente dos móveis para TV, eu acredito que eles vêm tomando uma nova forma e uma nova cara. Esse mobiliário se molda junto às novas tecnologias e devido a questões como a própria estética, por exemplo, já temos peças que escondem totalmente as fiações, levam em conta espaços cada vez menores. Tudo isso aliado aos novos hábitos do consumidor”, explica.

 

Natália acredita que a indústria de móveis tem acompanhado a evolução e as mudanças sociais e comportamentais dos usuários de seus produtos. “Hoje é possível dizer que existe uma troca de informações entre a indústria e o consumidor final. Há interesse do setor em saber o que o seu usuário procura e suas necessidades, não só de uso, mas em relação ao gosto por certas matérias-primas, acabamentos e opções de cores. Estamos evoluindo”, comemora. Isto se deve, segundo ela, aos próprios consumidores, que estão mais exigentes, sempre em busca de mais informações sobre o mobiliário que buscam para suas casas, a fim de que ele se adeque aos seus gostos particulares, ao espaço que possuem, e inúmeras outras possibilidades.

 

Pensando na infinidade de opções oferecidas pela indústria hoje, selecionamos 15 produtos diferenciados e pensados para o consumidor atual, que você pode conferir na edição de julho da revista Móveis de Valor.

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