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Intenção de consumo é a menor do ano

Por Marina - 20 de Junho 2018
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O indicador de intenção de consumo das famílias, medido pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), registrou recuo de 0,5% entre maio e junho, para 86,7 pontos, o menor nível desde janeiro de 2018 (83,6 pontos).

 

Para Antonio Everton Chaves Junior, economista da CNC, o efeito da paralisação dos caminhoneiros no mês de maio, que causou problemas de desabastecimento em todo o país, aliado ao atual momento do dólar em alta, levaram ao resultado. Os dois fatores tornaram produtos mais caros, o que acabou por elevar acautela com os gastos.

 

Apesar do resultado, a entidade mantém a projeção de aumento de 5,0% nas vendas do varejo ampliado este ano. No ano passado, as vendas do ampliado, que inclui comércio de automóveis e materiais de construção, subiram 4%.

 

Nos sete tópicos usados para cálculo da Intenção de Consumo das Famílias (ICF), cinco apresentaram recuo entre maio e junho. É o caso de perspectiva profissional (-0,4%); compras a prazo (-0,3%); nível de consumo atual (-0,1%); perspectiva de consumo (-2,5%); e momento para duráveis (-1,1%).

 

Por outro lado, melhoraram as avaliações sobre emprego atual (0,5%) e renda atual (0,2%). Entretanto, na comparação com junho do ano passado, todos os tópicos apresentaram melhora em junho deste ano. É o caso de emprego atual (5,8%); perspectiva profissional (7,1%); renda atual (10,7%); compras a prazo (14,6%); nível de consumo atual (19,9%); perspectiva de consumo (20,5%); e momento para duráveis (17,5%).

 

Isso ocorreu porque o cenário da economia este ano, bem como do consumo, apresenta-se melhor do que o do ano passado, afirmou Chaves Júnior. Para o especialista da CNC, o consumo tem apresentado sinais de melhora em 2018, em comparação com o ano passado, devido às melhores condições de emprego.

 

Ainda de acordo com Chaves Júnior, o protesto dos transportadores e o câmbio levaram incertezas ao abastecimento com impacto no consumo, mas o impacto desses dois fatores não deve durar no longo prazo, afirma. "A greve afetou a logística dos negócios. E isso vai se refletir no mercado de trabalho e no consumo das famílias, tem um peso razoável", disse o técnico.

 

(Com informações de Valor Econômico)

 

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