Produção fica estável após 21 meses de queda
Os dados da Sondagem Industrial mostram que em agosto, após 21 meses de queda, a produção industrial não recuou na comparação com o mês anterior. Embora a utilização da capacidade instalada permaneça baixa (66%), o percentual é o mesmo de agosto de 2015. Foi a primeira vez desde abril de 2014 que o indicador não caiu na comparação anual. Considerando as grandes indústrias em separado, os dados são ainda mais favoráveis. Nas empresas de grande porte, o índice de evolução da produção mostra crescimento da produção em agosto frente a julho e a UCI das empresas do porte alcançou 71%, percentual superior ao registrado em 2015.
As expectativas não se alteraram, mas permanecem positivas de uma forma geral. Os empresários esperam aumento da demanda, da quantidade exportada e das compras de matérias-primas. Contudo, a expectativa de novas reduções no número de empregados se mantém.
Estabilidade da produção e desaceleração do ritmo de queda do emprego
Em agosto de 2016, o indicador de evolução da produção registrou 50,8 pontos. O índice ficou acima da linha divisória dos 50 pontos, o que não ocorria desde novembro de 2014. O índice ainda não se afastou o suficiente da linha para afirmar que houve um crescimento da produção (a distância para a linha divisória é inferior a margem de erro do indicador, 1,0 ponto), mas interrompe uma sequência de quedas na produção que já durava 21 meses. O índice de evolução do número de empregados, ficou em 46,3 pontos e, permanece abaixo dos 50 pontos. Embora o índice aponte que houve nova queda do emprego industrial em agosto, o ritmo de queda está desacelerando. O índice é o maior desde dezembro de 2014.
Os índices de evolução da produção e de número de empregados variam de 0 a 100 pontos. Valores abaixo dos 50 pontos indicam queda da produção e/ ou do número de empregados. Quanto mais abaixo dos 50 pontos, mais intensa e disseminada é a queda.
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