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Varejo dá sinal de recuperação

Por Daniela Maccio - 25 de Maio 2017
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Após dois anos de maus resultados, o comércio voltou a crescer. Balanços publicados recentemente por 16 das 31 empresas de capital aberto dos setores de varejo e consumo, apontam para uma recuperação nos números. As cadeias varejistas apuraram alta de 14,8% na receita líquida no primeiro trimestre do ano em relação a 2016, alcançando R$ 25,76 bilhões. O índice supera a inflação no período, de 4,57% no acumulado de 12 meses, até março, com ganho real nas vendas.

 

Os dados foram divulgados pelo Valor Data, que contabilizou informações de balanços de oito redes e uma empresa de shopping centers. Sete indústrias de consumo também tiveram os seus dados analisados. Para os fabricantes, a receita líquida teve ligeira queda de 1,6%, para R$ 15,8 bilhões. O lucro líquido da indústria caiu 27% de janeiro a março.

 

O aumento no lucro líquido das redes foi um reflexo da escalada da taxa de juros entre 2016 e parte de 2017. Com despesas operacionais sob maior controle desde o ano passado, as varejistas fecharam o primeiro trimestre com lucro líquido de R$ 595,2 milhões, alta de 655% em relação ao ano anterior, quando o montante atingiu R$ 78,8 milhões.

 

“Estamos começando a subir a escada. É um processo que reflete a inflação menor, levando a uma maior disponibilidade de renda, somado à queda nos juros e à entrada do saldo das contas do FGTS. Nos resultados ainda há o efeito das reestruturações. As companhias foram ficando mais eficientes e isso se vê agora nos números”, afirmou Alberto Serrentino, consultor e fundador da Varese Retail, em entrevista à Revista Valor Econômico.

 

Os sinais de recuperação na demanda ocorrem especialmente no setor de bens duráveis e semi-duráveis, segundo empresas e associações. “Os números de 2017 não refletem mais aquela catástrofe de 2016. Começamos a ver reação em vestuário e material de construção, por exemplo. Também há sinais mais positivos em eletroeletrônicos”, disse Fabio Bentes, economista da Confederação Nacional do Comércio (CNC). Bentes diz ainda que, como deve ser uma recuperação inicial mais centrada em Estados do Sudeste, Sul e Centro-Oeste, varejistas com foco nessas áreas sentirão uma melhora mais rápida do que aquelas voltadas para o mercado do Nordeste.

Com informações do Valor Econômico

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