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2º semestre preocupa polo de Bento Gonçalves

Por Edson Rodrigues - 14 de Julho 2014
O polo moveleiro de Bento Gonçalves encerrou o primeiro semestre com desempenho abaixo do previsto no mercado interno e externo. O principal desafio para o restante do ano é buscar alternativas para a desaceleração do consumo no Brasil e perda de espaço em mercados importantes da África e América do Sul. As exportações do polo tiveram queda de 2,7% no primeiro semestre.

Esse declínio vem sendo verificado desde 2013 e a queda de competitividade da indústria é tida como um dos principais motivos do resultado. O presidente do Sindmóveis, Henrique Tecchio, avalia que a indústria tem sentido os efeitos do aumento dos custos, dificuldades logísticas e alta carga tributária, que vêm implicando em dificuldade de concorrência internacional do polo. “Para revertermos esse cenário, estamos reforçando a atuação do Comitê Internacional, com a busca de mercados alternativos para os móveis de Bento Gonçalves, baseados em critérios quantitativos e informações de mercado da Apex-Brasil, aliando a experiência e visão de mercado das principais empresas exportadoras”, elenca Tecchio.

Em relação ao mercado interno, que absorve praticamente 95% do total produzido no polo, a situação também é de cautela. De janeiro a maio, o faturamento nominal caiu 3,9% em relação ao mesmo período de 2013. Conforme dados do IBGE, o volume de vendas do varejo brasileiro também vem desacelerando e, apesar de ainda estar positivo, a produção industrial não vem acompanhando essa evolução.

Foto: Jeferson Soldi

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