67% das empresas do varejo são familiares
De acordo com levantamento realizado pela KPMG e pelo Grupo Padrão, 67% das empresas varejistas no Brasil são familiares e, deste grupo, 71% dos cargos-chave são ocupados por membros da família proprietária. A pesquisa também apontou outros dados que mostram como o varejo brasileiro é estruturado em uma base familiar: em 81% das empresas, existem relações familiares dos conselheiros com pessoas da companhia ou do próprio conselho, enquanto nas empresas listadas na BM&FBOVESPA esse percentual cai para 51%.
O varejo de móveis e eletros é um dos segmentos que reflete bem esta característica. A maioria das grandes redes do setor são familares ou tem origem familiar, como exemplo, estão: Casas Bahia, Magazine Luiza, Ricardo Eletro, entre outras. No caso de pequenas e médias varejistas, também há muitas empresas com base familiar.
“Ter uma estrutura familiar não significa que a empresa não é profissionalizada. O que percebemos é que os conselhos são formados por membros da família que têm a função de pensar no futuro e na estratégia da companhia. Mas, por outro lado, eles também mantêm uma gestão profissionalizada que lida com questões do dia a dia e busca bons resultados”, afirma o sócio de Governança Corporativa e Consultoria em Riscos da KPMG, Sidney Ito.
O levantamento mostrou ainda que conselheiros no varejo também aparentam dedicar mais tempo ao negócio. Prova disso é a média de reuniões realizadas: os conselhos de administração das empresas desse segmento se reúnem, em média, 7,5 vezes ao ano, enquanto as empresas listadas na BM&FBOVESPA o fazem em 6,7 oportunidades.
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