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77% das famílias brasileiras estão endividadas: como evitar?

Revisado Natalia Concentino - 21 de Dezembro 2024
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Imagem: Freepik

Em novembro de 2024, 77% das famílias brasileiras estavam endividadas, de acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo). Apesar de mostrar uma gestão mais cautelosa do orçamento familiar, o dado reflete o impacto do aumento do uso do crédito para compras de fim de ano, período marcado pelo consumo impulsionado pelas festividades.

 

A pesquisa aponta que, embora o endividamento seja elevado, a inadimplência, ou seja, o atraso nos pagamentos permaneceu estável, sugerindo que as famílias estão buscando estratégias para manter as contas em dia. 

 

Contudo, o uso desenfreado do crédito pode comprometer o orçamento futuro, transformando as festas de fim de ano em uma verdadeira dor de cabeça financeira.

 

Por que as famílias se endividam?

 

O mentor de empresários André Minucci, explica que o final do ano é uma época em que o apelo emocional influencia fortemente as decisões financeiras. “Datas comemorativas, como o Natal, geram uma necessidade de agradar familiares e amigos, o que pode levar ao consumo acima do planejado. É o momento em que muitos recorrem ao crédito, seja no cartão ou em financiamentos, sem avaliar o impacto a longo prazo”, alerta Minucci.

 

Ele também ressalta que a falta de planejamento financeiro é um dos principais fatores que levam ao endividamento. “Muitas famílias não têm um orçamento definido e acabam gastando mais do que podem. Sem essa organização, o crédito, que deveria ser um aliado, se torna um inimigo.”

 

Dicas para evitar o endividamento excessivo

 

Para ajudar as famílias a navegarem por esse cenário, André Minucci compartilha estratégias práticas para manter as finanças em equilíbrio:

 

  1. Estabeleça um orçamento mensal
  2. Liste todas as despesas fixas e variáveis, reservando um valor para compras sazonais. Essa prática ajuda a identificar prioridades e evita gastos desnecessários.
  3. Evite compras por impulso
  4. Segundo Minucci, o planejamento é a melhor ferramenta para evitar o consumo descontrolado. “Antes de qualquer compra, pergunte a si mesmo: ‘Isso é realmente necessário?’”
  5. Atenção ao uso do cartão de crédito
  6. Pagar a fatura integralmente deve ser prioridade. Acumular parcelas pode comprometer o orçamento dos próximos meses, dificultando a quitação de outras despesas
  7. Renegocie dívidas existentes
  8. Se já estiver endividado, busque renegociar taxas e prazos com credores. Reduzir os juros pagos mensalmente pode aliviar o orçamento e evitar a inadimplência
  9. Invista em educação financeira
  10. Participar de workshops, cursos ou contratar consultorias é uma maneira eficaz de melhorar o controle financeiro.
leia: Inadimplência média no varejo deve ficar em 5,60% em novembro

 

A importância do controle emocional

 

Minucci destaca que boa parte das decisões financeiras está ligada às emoções. “Treinamentos de inteligência emocional ajudam a evitar compras impulsivas e a lidar com a pressão social de consumir mais no final do ano. Quando você aprende a identificar seus gatilhos emocionais, consegue tomar decisões financeiras mais conscientes”, comentou.

 

Perspectivas para 2025

 

Apesar do aumento do endividamento, o mentor acredita que 2025 pode ser um ano de recuperação financeira para muitas famílias. “O mais importante é ter disciplina e agir. Com um planejamento estruturado e controle emocional, é possível transformar essa realidade.”

 

A mensagem é clara: o uso do crédito deve ser planejado e consciente, para que as festas de fim de ano sejam um momento de celebração, e não de preocupação financeira no futuro.

 

 

 

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