Memorabília desafia consumo dos idosos
Analisar o padrão de consumo da terceira idade não é tão simples quanto parece. Embora muitos tratem as pessoas com mais de 60 como um público homogêneo, existem vários perfis dentro desse grupo, como observa Paula Costa Castro, professora de Gerontologia (estudo relacionado ao envelhecimento do ser humano) na Universidade Federal de São Carlos – UFSCar. E, de uma maneira geral, o idoso tende a ser um consumidor cuidadoso, principalmente quando se trata de produtos com maior valor agregado, como é o caso dos móveis.
A maioria das compras feitas por esse público só é concretizada depois de muita pesquisa, mas o desafio de vender móveis à um idoso vem antes da comparação de produtos disponíveis no mercado. “A memorabília, objetos que suscitam lembranças, interferem bastante no consumo. Algumas pessoas, por exemplo, já são viúvas e mantém os móveis de quando se casaram. Não querem substituí-los por peças novas para manter a memória afetiva que essas peças proporcionam”, explica Paula.
No entanto, quando são orientados por profissionais sobre a necessidade de mudanças, a aceitação é maior. “Se o médico fala que o colchão velho é o que está causando dores nas costas, certamente o idoso irá procurar um novo. Isso também ocorre se algum especialista afirma que os móveis que ele tem em casa oferecem riscos de queda”, complementa a especialista.
Com o aumento da expectativa de vida, hoje na casa dos 75,5 anos e chegando em 2050 aos 81,3 anos, a quantidade de consumidores na terceira idade é cada vez maior. Justamente por isso, deve ser levado em consideração o planejamento de produtos específicos para os idosos.
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