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A recessão global está encerrada e a recuperação será em “V”

Por Edson Rodrigues - 04 de Julho 2020

Nos EUA, ainda que tenha sido observado um repique de casos em estados do sudoeste, onde a penetração da epidemia ainda era muito pequena, não foram registrados aumentos significativos nos casos nos locais onde a doença já havia penetrado com força, como em Nova York.

Na Europa, o controle da epidemia é quase absoluto e praticamente não foram observados novos focos ao longo do movimento de reabertura.

O aparecimento de casos no sudoeste dos EUA é apresentado por alguns observadores como evidência de “segunda onda”, que poderia ocasionar o retrocesso das recentes medidas de retorno à normalidade das economias.

Em nossa avaliação, essa narrativa não é correta, pois trata-se na verdade da “primeira onda” em locais onde a epidemia mal tinha sido observada. Preocupante seria o reaparecimento da doença nos locais onde ela já tenha sido controlada, o que não vem acontecendo.

Em função do processo de reabertura, e como consequência da rapidez no deslanche e da magnitude dos programas de apoio à renda e ao emprego, os dados econômicos relativos a maio e junho, no hemisfério norte, seguiram fortes, sugerindo uma recuperação rápida da economia.

Tudo indica que a recessão global, por mais intensa que possa ter sido, tenha mesmo se encerrado no segundo trimestre de 2020, mais especificamente em abril.

Os gráficos abaixo ilustram a rapidez com que a atividade tem retornado à normalidade: as vendas no varejo dos EUA, em maio, já se encontravam a apenas 8% do nível registrado em fevereiro. Na Europa, o índice PMI, que mede a confiança de empresários com a economia, já mostrava, em junho, praticamente o mesmo nível observado antes da eclosão da pandemia.

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