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Abicol apresenta demandas do setor a Geraldo Alckmin

Revisado Natalia Concentino - 03 de Agosto 2023

Nesta quarta-feira (2), o vice-presidente da República e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, recebeu na sede do BNDES, em São Paulo, a comitiva da Associação Brasileira da Indústria de Colchões (Abicol). Na oportunidade, o grupo apresentou importantes demandas que afetam diretamente o setor colchoeiro e a população brasileira, como consequência.

 

Em documento entregue pelo presidente da Abicol, a entidade reitera o apreço à relevante atuação do ministro em prol do desenvolvimento do País e da busca por soluções que favoreçam o bem-estar da sociedade, a economia e a indústria nacional. Nesse sentido, a Abicol solicitou que Alckmin interceda junto ao Comitê-Executivo de Gestão (Gecex), da Câmara de Comércio Exterior (Camex), para obter a renovação da suspensão de aplicação da tarifa antidumping para fios de poliéster, commodity essencial para a indústria têxtil nacional. A aplicação da tarifa antidumping para fios texturizados de poliésteres originários da Índia e da China, pode acarretar prejuízos significativos ao setor colchoeiro e aos consumidores brasileiros.

 

Segundo o presidente da Abicol, a aplicação de medida antidumping pode resultar em aumento substancial no preço dos produtos têxteis para o consumidor, estimado em até 20%. “Tal impacto poderá comprometer o poder de compra da população, além de enfraquecer a competitividade da indústria nacional, cuja produção interna atual de fios de poliésteres não supre a demanda”, destaca Rodrigo Miguel de Melo, com isso garantindo a justiça nas relações comerciais e a proteção da indústria têxtil brasileira.

 

Após o encontro, que teve também a presença da diretora executiva, Adriana Pierini, Lars Muller, integrante da Comissão de Sustentabilidade da entidade e José Roberto Ambar, representando os fornecedores associados, Rodrigo informou que o ministro se mostrou inteirado com o tema e se comprometeu a avaliar junto com a área técnica do governo uma solução para o pleito.

 

O presidente da Abicol, Rodrigo Miguel de Melo, entrega documento com demandas do setor à Geraldo Alckmin 

 

Inclusão de colchões no programa Minha Casa Minha Vida

 

Outra demanda da Abicol, de extrema relevância para a população brasileira, é a inclusão de colchões no financiamento da casa própria, no âmbito do programa Minha Casa, Minha Vida. “Sabemos que dormir mal é um dos principais fatores responsáveis pelo esgotamento físico e mental, o que pode ocasionar acidentes de trabalho, afastamentos e redução da produtividade dos trabalhadores em geral”, destaca o presidente da Abicol, acrescentando que a entidade está inteiramente disposta a mobilizar o setor colchoeiro na preparação de uma série específica de colchão, de alta qualidade, para ser o carro-chefe dos colchões desse programa habitacional. “Acreditamos que essa medida, além de promover a saúde e o bem-estar dos beneficiários do Minha Casa, Minha Vida, também incentivará o crescimento da indústria colchoeira nacional, gerando empregos e fortalecendo a economia do País”, afirma.

 

O presidente da Abicol se disse entusiasmado com a receptividade do ministro em relação ao assunto. “Alckmin, que é médico, disse que entende a importância de dormir bem na vida das pessoas e, inclusive, destacou o tripé da vida saudável, que envolve alimentação, sono e exercícios físicos”, pontua Rodrigo, lembrando que o ministro solicitou estudo que mostre o número de ausências no trabalho por problemas de saúde causados por um sono de má qualidade.

 

Leia: Abicol alerta para propaganda que pode induzir consumidor a erro
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Preocupação com colchões asiáticos

 

A Abicol aproveitou a agenda com Alckmin para solicitar apoio a uma possível implementação de medida antidumping aos colchões provenientes da China, Camboja, Malásia, Sérvia, Tailândia e Vietnã. Rodrigo demonstrou sua preocupação com a possibilidade de o Brasil tornar-se alvo do despejo da produção desses países, que estão enfrentando severas restrições comerciais nos Estados Unidos e no Canadá, com sobretaxas de importação elevadas, que variam atualmente de 38% a 1.731%, por conta da prática de dumping.

 

“Nossa preocupação é ainda mais relevante devido à dispensa de registro e liberação de anuência de importação de colchões, determinada pelo INMETRO em 2020. Medidas de defesa comercial são essenciais para proteger a indústria nacional de colchões, preservando empregos e garantindo que a população tenha acesso a produtos de qualidade”, destacou o presidente da Abicol, que encontrou receptividade do ministro ao pleito. “Alckmin solicitou um estudo com os números de importação de colchões nos últimos 12 meses, de forma a comprovar o aumento da importação”, completou Rodrigo.  

 

Para o presidente da Abicol e membros da comitiva, a reunião com o ministro foi muito importante e torna a entidade visível junto ao poder público federal. “Estamos trabalhando desde o início da gestão e através da Comissão de Relações Institucionais, com importantes agendas junto a órgãos do governo em Brasília”, relembra Rodrigo, que pontua a ótima receptividade do ministro e a expectativa de avanços nestas e em outras agendas de relevância para o setor colchoeiro, sempre em benefício do usuário de colchões.   

 

Integrantes da comitiva da Abicol agradeceram a Geraldo Alckmin pela disponibilidade, com a certeza de que as reivindicações da entidade sejam atendidas. “Ao agir em conjunto, poderemos fortalecer a indústria colchoeira, promover o desenvolvimento econômico e assegurar o conforto e a saúde da população brasileira”, conclui Rodrigo Melo.

 

 

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