ABIMÓVEL no Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial
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No fim da tarde de terça-feira, 04 de julho, uma comitiva da ABIMÓVEL (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário) — composta pelo presidente Irineu Munhoz, a diretora-executiva Cândida Cervieri e os vice-presidentes Daniel Lutz, Adeilton Pereira e Esther Cuten Schattan — com apoio do deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), esteve reunida com o Presidente do Brasil em exercício, Geraldo Alckmin, Vice-Presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, e com a secretária de Comércio Exterior do MDIC, Tatiana Prazeres, para a discussão de propostas fundamentais para a manutenção e desenvolvimento do setor moveleiro e da indústria nacional.
A reunião entre o MDIC e a ABIMÓVEL representou um passo importante na construção de políticas públicas para o desenvolvimento econômico e o reposicionamento do país no mercado global. Entre os principais assuntos da pauta estiveram:
-> Desoneração da Folha de Pagamento: Ação essencial para aliviar a pressão financeira, impulsionando a produção e a geração de emprego na indústria de móveis.
-> Reforma Tributária: Devendo entrar em votação ainda neste mês de julho, a reforma significa um passo crucial no estabelecimento de um sistema mais previsível e menos oneroso, que incentive investimentos e competitividade no país.
-> Inclusão de Móveis no Programa "Minha Casa, Minha Vida": A iniciativa — benéfica tanto para a indústria e o varejo quanto para a população brasileira — visa facilitar o acesso a itens de mobiliário por meio de financiamento a partir do programa habitacional, com vista a equipar adequadamente essas novas moradias.
-> Acordos Comerciais: A entidade reforça a importância da aprovação do Acordo do Mercosul-União Europeia, ressaltando o impacto direto de tal compromisso para o incremento das exportações e o aumento da participação da indústria brasileira no bloco, um dos mais relevantes da economia mundial.
-> Política Industrial: A ABIMÓVEL solicita a participação nas discussões relacionadas à nova política industrial do país, reforçando os pilares da tecnologia, inovação, competitividade e sustentabilidade no setor produtivo nacional.
Com as propostas, a entidade moveleira busca não só alívio financeiro, mas o estabelecimento de um ambiente de negócios mais saudável para as empresas do setor, com efeito de transbordamento em toda a cadeia produtiva e de valor, bem como na economia e no consumo no Brasil. Isso, uma vez que a redução de encargos, a desburocratização de processos e a democratização do acesso ao crédito para a compra de móveis podem impulsionar a produção, a inovação, o investimento em tecnologia e a geração de emprego e renda no setor, que é o oitavo que mais emprega no Brasil.
"A desoneração da folha de pagamento, por exemplo, é fundamental para que possamos continuar a crescer de maneira sustentável, produzindo mais, bem como mantendo e gerando empregos. Da mesma forma, uma reforma tributária que permita maior previsibilidade e justiça fiscal deve incentivar investimentos e a modernização da indústria brasileira", declarou Irineu Munhoz, presidente da ABIMÓVEL.
A inclusão de móveis no Programa "Minha Casa, Minha Vida", outro ponto crucial debatido na reunião, também pode trazer uma série de benefícios à indústria, ao varejo e à sociedade. Em primeiro lugar, os consumidores teriam a oportunidade de adquirir móveis por meio do financiamento, o que facilitaria o processo de compra e permitiria que equipem suas residências de forma adequada, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida dessas pessoas. Além disso, a inclusão de móveis no financiamento do programa também tem potencial de impulsionar o setor, que enfrenta desafios relacionados ao custo de vida elevado da população brasileira, inflação acima da média nacional, altas taxas de juros, entre outros entraves logísticos e na cadeia de abastecimento.
No que diz respeito aos Acordos Comerciais, a abertura de novos mercados passa necessariamente pelo estabelecimento de acordos internacionais, que privilegiam a simplificação dos processos de exportação e importação, também com a diminuição de custos logísticos e alfandegários.
Atualmente em avaliação, com o novo Acordo do Mercosul com a União Europeia, então, espera-se que as barreiras tarifárias e não tarifárias diminuam entre os blocos, o que significaria um avanço para a indústria e os produtos brasileiros, com ganhos relevantes de competitividade e integração. Segundo estudos e avaliações internas do setor, com a aprovação do acordo haveria um crescimento imediato de, no mínimo, 20% nas exportações de móveis para o bloco europeu no primeiro ano de vigência do Acordo, o que é particularmente necessário para um país como o Brasil, onde apenas 1% de suas empresas exportam.
Indústria moveleira no CNDI
O vice-presidente Geraldo Alckmin e a equipe do MDIC se mostraram abertos às propostas da ABIMÓVEL, reconhecendo a relevância do setor moveleiro para a economia brasileira e para a instauração de uma nova Política Industrial que promova o desenvolvimento do país. O que se confirma com o convite de Alckmin para que a ABIMÓVEL integre o novo Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial, o CNDI.
Uma conquista memorável para a indústria brasileira do mobiliário, que passa a ocupar um dos requisitados assentos do conselho, que conta com 21 cadeiras para o setor público e outras 21 para o setor privado. A direção da ABIMÓVEL participa já nesta quinta-feira, 06 de julho, da primeira reunião, que ocorre no Palácio do Planalto.
Com o objetivo de retomar discussões essenciais para o país, o Governo Federal anunciou recentemente a reestruturação do CNDI. O resultado esperado é o aperfeiçoamento da governança quanto aos processos de formulação das políticas nacionais de desenvolvimento industrial, com a ABIMÓVEL dando mais um importante passo em sua atuação propositiva em prol do setor moveleiro e da indústria no Brasil.
“Essa é uma vitória não só para o nosso setor, mas para a efetiva estruturação de uma nova política industrial no país, que privilegie a tecnologia, a inovação, a competitividade e a sustentabilidade no setor produtivo nacional, colocando o Brasil em pé de igualdade com as maiores economias do planeta”, reforça Munhoz, presidente da ABIMÓVEL. “Temos uma indústria rica em recursos materiais, além de capaz de atuar em paridade técnica e criativa no mercado global, mas que ainda sofre com obstáculos que limitam seu desenvolvimento no mercado interno e externo”, reforça.
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