Abril tem tráfego morno no e-commerce e queda em Casa & Móveis

Segundo o relatório Setores E-commerce no Brasil, da Conversion, o mês de abril teve queda geral no número de acessos das lojas online. Mesmo às vésperas do Dia das Mães, foram registrados apenas com 2,4 bilhões de acessos únicos no mês, o resultado 2,8% menor na comparação com o mês imediatamente anterior.

 

O setor de marketplaces — que, sozinho, representa quase metade de todo o tráfego do comércio eletrônico brasileiro — praticamente espelhou o desempenho geral, diminuindo em 1,8%. Em números absolutos, teve 1,07 bilhão de acessos no mês.

 

Diego Ivo, CEO da Conversion, faz uma relação com a isenção de impostos para produtos importados. "O e-commerce estrangeiro que compete com e-commerce brasileiro, sem a mesma carga tributária, está impactando fortemente a indústria e o varejo no país, então creio que seja necessária uma isonomia de tributos".

 

Em meio ao debate sobre acabar com isenções tributárias nas compras feitas no exterior com valores abaixo de US$ 50 (cerca de R$ 250, na cotação de maio), as plataformas do setor de importados, que seriam as mais afetadas pela mudança, cresceram pelo segundo mês seguido, chegando ao melhor número desde novembro de 2023.

 

 

Setor de Casa & Móveis

 

Casa & Móveis seguiu mais uma vez a tendência de queda nos acessos do e-commerce e registrou uma diminuição de 0,9% no tráfego do mês de abril quando comparado com março.

 

 

Entre as principais marcas dessa categoria, quem se destacou foi a Leroy Merlin com o maior crescimento, + 8,4% nos acessos, se mantendo na 2ª posição do ranking, como de costume.

 

Nesse mesmo ranking, a Ferreira Costa conseguiu subir uma posição, aparecendo agora em 4º lugar. No topo segue a MadeiraMadeira e, sem nenhuma alteração também a Mobly aparece como terceira colocada.

 

 

Porém, o que chama a atenção no mês de abril foi o crescimento no tráfego dos aplicativos de Casa & Móveis, que chegou a 25,8% em relação ao mês anterior. Mesmo assim, nesse setor os apps correspondem a apenas 8,5% dos acessos totais, sendo que o app da MadeiraMadeira concentra 56,6% do tráfego de todo a categoria, que é formada por 237 sites dos quais 21 possuem aplicativos.