Magazine Luiza enfrenta crise
Ao mesmo tempo em que anunciou prejuízo de R$ 19,1 milhões no terceiro trimestre, o Magazine Luiza também divulgou medidas que está tomando para melhorar as contas. Cortes de custos, parceria de crédito, aplicativos e negociações com fornecedores são algumas das ações que a varejista tomou durante todo o ano, para enfrentar o momento de diminuição no consumo.
“Ninguém faz esses ajustes finos em época de bonança”, afirmou o CEO do Magazine Luiza, Marcelo Silva, em entrevista a EXAME.com após a divulgação de resultados. “Queremos sair dessa crise melhor do que entramos”.
Parceria para crédito
O Magazine Luiza firmou um acordo com o banco Losango, que irá fornecer crédito direto àqueles que não forem aprovados pelo Luizacred. Lançada em outubro, a parceria com a Losango já é responsável por 3% a 5% das vendas nas lojas físicas.
Comércio eletrônico fortalecido
O comércio eletrônico cresceu 9,2% nos primeiros nove meses do ano, respondendo por 22% do faturamento total. Nesse ritmo, em cinco anos o comércio eletrônico poderá corresponder a mais de 40% das vendas da varejista.
Lojas mais conectadas
Um dos objetivos da companhia é integrar todos os seus canais: lojas físicas, televendas, comércio eletrônico. A varejista também criou um espaço em suas lojas, onde os clientes podem tocar, testar e experimentar os produtos eletrônicos.
Aplicativos para aumentar eficiência
Na mesma linha de aumentar a interatividade, ela lançou dois novos aplicativos: um para clientes, que já tem mais de um milhão de cadastros, e outro para vendedores. Grande parte da compra poderá ser realizada pelo vendedor a partir do smartphone.
Redução de custos
A varejista pressionou shoppings para diminuir o aluguel das lojas e, em conversas com os fornecedores, conseguiu reduzir os custos de reformas nas lojas em até 55%. A empresa também viu o seu quadro de funcionários diminuir durante o ano. O CEO Silva afirmou que o Magazine Luiza dificultou a reposição de vagas. "Não cortamos, mas readequamos o nosso número de funcionários o ano inteiro", disse.
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