Alta das vendas do comércio se alimenta de auxílio emergencial
O auxílio emergencial é responsável pela alta verificada no varejo em junho e, se não tem fôlego no médio prazo, pelo menos deve reduzir os prejuízos do comércio, segundo pesquisa da Federação do Comércio de São Paulo (Fecomércio-SP). A estimativa da entidade é que dos R$ 190 bilhões que foram liberados em parcelas de R$ 600 para pessoas que enfrentam perda de renda durante a pandemia do novo coronavírus, cerca de R$ 151 bilhões foram para a compra de produtos no varejo.
Com isso, o comércio em São Paulo deve ter uma retração de 5,4%. Sem os R$ 18,6 bilhões que o auxílio injetou no varejo paulistano, a estimativa é que a queda poderia chegar a 8%, significando uma perda de receita de R$ 60 bilhões. Mesmo com o dinheiro do benefício, a previsão é que o varejo tenha perdas de aproximadamente R$ 41 bilhões neste ano.
Em nível nacional, a pesquisa estima que o setor tenha uma redução de 6,7% nas receitas, que poderia chegar a 13,8% sem o dinheiro do auxílio.
Emprego
Esse cenário deve levar, segundo a Fecomércio, ao fechamento de 202 mil empresas em todo o país, sendo a maioria (197 mil) de pequeno porte, com até 19 funcionários. Assim, são esperadas 980 mil demissões ao longo deste ano no setor varejista brasileiro, sendo 590 mil desses postos de trabalho fechados em pequenos empreendimentos.
(Com informações da Agência Brasil)
Comentários