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Amazon negocia entrega de mercadorias no BR

Por Marina - 18 de Abril 2018

A Amazon.com está negociando com a Azul Linhas Aéreas a entrega de mercadorias no Brasil, disseram duas fontes com conhecimento do assunto à Reuters, no mais recente sinal dos grandes planos da varejista norte-americana no país.

 

As operações da Amazon.com no Brasil têm sido acompanhadas de perto por players do varejo nacional. Para o setor de móveis, o projeto de expansão da Amazon no País tem criado expectativas sobre a abertura de uma categoria para venda de móveis na plataforma. E, devido a série de notícias divulgadas, parece que, de fato, a varejista prepara o terreno para expandir em terras brasileiras. 

 

Retrospecto


Em fevereiro, a Reuters publicou que a Amazon estava procurando alugar um galpão de 50 mil metros quadrados nos arredores de São Paulo, em um sinal de que a varejista pode trazer armazenamento e distribuição internamente. No último mês, a notícia era de que empresa estava preparando terreno para começar a comercializar produtos diretamente. O processo envolveu reuniões com fabricantes para apresentar a companhia e o que ela pretende fazer. Já, na última semana, a informação foi de que a varejista do comércio eletrônico investiu R$ 97,5 milhões na filial brasileira, em fevereiro deste ano, para facilitar as vendas diretas no País.

 

Parceria da Amazon e a Azul


A potencial parceria com a Azul, que atende mais de 50% dos destinos brasileiros atendidos pela rival mais próxima, é o sinal mais forte de que a Amazon está alinhando a distribuição para vender produtos diretamente a consumidores em todo o país. 

 

Também mostra que a empresa norte-americana de comércio eletrônico está levando a sério a superação dos notórios desafios logísticos do Brasil, incluindo estradas de má qualidade, problemas de segurança e um território nacional continental. Essas dificuldades foram citadas recentemente pelo presidente do Magazine Luiza, Frederico Trajano. Trajano declarou que a Amazon enfrentará dificuldades para crescer no País, considerando o fato de que o Brasil tem uma realidade diferente do mercado externo.

 

Amazon não comenta notícias

 

Apesar da série de notícias sobre negociações e novas ações que envolveriam sua estratégia no Brasil, a Amazon segue sem comentar o que considera “rumores ou especulações”. A gigante do comércio eletrônico tem entrado lentamente no altamente competitivo mercado de varejo online do Brasil, começando com as vendas de livros eletrônicos em 2012, acrescentando livros físicos dois anos depois e oferecendo vendas terceirizadas de produtos eletrônicos em outubro.

 

O e-commerce é responsável por cerca de 5% das vendas do mercado de varejo de 300 bilhões de dólares, cerca de metade de sua participação nos EUA. No entanto, as vendas online no Brasil dobraram em quatro anos e devem crescer a um ritmo de dois dígitos nos próximos anos.

 

Atualmente, a Amazon depende de fornecedores terceirizados para enviar produtos vendidos em seu site brasileiro, mas isso parece estar mudando.Com uma parceria com a Azul, a Amazon obteria acesso imediato a uma rede de mais de 100 aeroportos no Brasil, o que indica que as ambições vão além da região metropolitana de São Paulo.

 

Segundo a Reuters, as fontes escutadas, que pediram anonimato, não especificaram como as conversas avançaram, nem disseram se a varejista também conversou com rivais da Azul.

 

(Com informações da Reuters)

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