Ano difícil prejudica o varejo
O tombo nas vendas do setor de móveis e eletros reduziu o fôlego de empresas menos capitalizadas, que recorreram à recuperação judicial. Dados da Boa Vista SCPC, empresa especializada em informações financeiras, mostram que os pedidos de recuperação judicial no comércio em geral aumentaram 34,5%, - de 245 de janeiro a outubro de 2014 para 329 este ano. A estatística não segrega os pedidos por segmento e porte.
A rede Dadalto, do Espírito Santo, é um caso recente. Em outubro, a varejista entrou com pedido de recuperação judicial, com dívidas de R$ 256 milhões. A empresa, que faturou R$ 643 milhões em 2014, alega que a alta dos juros e desaceleração das vendas desequilibraram suas finanças.
Antes de pedir recuperação judicial, a família controladora colocou o negócio à venda, mas as conversas não evoluíram. De acordo com o advogado Sérgio Bermudes, responsável pelo processo, a venda ainda é uma alternativa. "A empresa está em dificuldade, como tantas outras do setor, mas continua operando e tem chances de se recuperar."
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