Artesão transforma restos de madeira em mandalas
Por Edson Rodrigues
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20 de Janeiro 2014
Transformar restos de madeira em arte tem sido o trabalho de Flávio Nogueira, de Carmo do Cajuru, cidade polo moveleiro na região Centro-Oeste de Minas Gerais, há oito anos. Em um ateliê caseiro, o artesão cria as mandalas em diversas cores e formatos. Em entrevista ao Portal G1, Nogueira conta que o estímulo surgiu após contato com uma decoradora, quando ele trabalhava em uma loja de móveis na cidade. Após ela pedir que ele arrumasse e cortasse pequenos pedaços de madeira e cipó, ele começou a pensar em um destino para o resto de madeira que encontrava. “O que acho na natureza e o que poderia ir paro o lixo e eu reaproveito”, contou.
A inspiração veio de uma área que o artesão não imaginava. “Conheci uma doceira que fazia desidratação de frutas e eu pensei em fazer essa desidratação com a madeira. Aproveitei então a técnica e comecei a transformar os pedaços nas mandalas. Foi bacana porque eu tive uma visão diferente daquela técnica que era usada para comida e a transformar em arte”, acrescentou.
Explorando materiais como o bambu, cipó, restos de madeira e raízes, ele transforma os restos em mandala. A placa de MDF é usada como base do objeto, onde os pedaços de madeira ou outros materiais são colados peça por peça formando os desenhos. Em média, cada mandala leva dois dias para ficar completamente pronta.
O polo também se beneficia com o trabalho do artesão, pois ele conta que 90% dos clientes são de fora. “Traz visibilidade para o talento que a nossa terra tem com a madeira. Hoje, 10% das peças são vendidas em lojas parceiras. Grande parte das vendas é realizada mesmo é pelo site", comentou.
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