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Artista usa rvores caídas para equipar a casa

Por Edson Rodrigues - 28 de Novembro 2011
Ele estudou apenas até o segundo grau, não frequentou faculdade de artes e nunca fez qualquer curso do gênero. O talento vem do berço mesmo e está na sua cabeça e nas mãos. O produtor rural Claudemir Lange, 51 anos, de Jardim Alegre, pode se dizer que é um artista nato e da roça. Sua criatividade vai além da imaginação. É o retrato de quem ama a natureza e faz dela obras de arte.

Na Fazenda Santa Matilde, localizada no Patrimônio Pouso Alegre, em Jardim Alegre, onde cultiva grandes áreas de lavouras de grãos, como soja, milho e trigo, este agricultor ocupa suas horas de folga para produzir móveis rústicos. A matéria-prima vem da própria fazenda, com o aproveitamento de tocos ou troncos de árvores podres derrubadas pelo tempo.

Lange fabrica cadeiras, mesas, mesinhas de centro, bancos, tábuas de cortar carne e até carroças. Quase todos os móveis e outros objetos são em tamanho grande e pesados. Na sua casa, o destaque é um conjunto de sala composto por quatro cadeiras e uma mesinha de centro, tudo confeccionado com madeira peroba. Cada cadeira pesa cerca de 70 quilos, enquanto a mesinha de centro, ou melhor, mesona de centro, pesa 200 quilos. Esta foi produzida aproveitando um tronco de peroba que estava apodrecendo na mata.
Na cozinha, o agricultor tem duas grandes tábuas de cortar carne, também feitas com peroba velha. Cada tábua pesa em torno de 30 quilos. Na área externa da residência estão dois bancos com capacidade para cinco ou seis pessoas sentadas. O peso de cada um deles é de aproximadamente 150 quilos.

O interessante é que Claudemir Lange não usa pregos para montar os móveis, a não ser um outro parafuso quando necessário. Todas as peças são encaixadas de forma precisa. “Procuro deixar os móveis da maneira mais natural possível, sem machucar a madeira que já vem estragada da mata”, explica.

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