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Baixe aqui a calculadora que mede carbono em móveis de madeira

Revisado Natalia Concentino - 14 de Outubro 2024
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Imagem: Freepik

Lançada em fevereiro pelo sistema de certificação florestal PEFC, a ferramenta estima qual a quantidade de carbono que um móvel de madeira contém, sem incluir as peças que não sejam de madeira.

 

Segundo o PEFC (Aliança global líder de sistemas nacionais de certificação florestal), existem duas formas de calcular o carbono armazenado na madeira dos móveis. A primeira é medir o comprimento, largura e espessura do móvel. “É provável que este procedimento tenha que ser repetido diversas vezes para as diferentes partes de um móvel, já que cada uma tem medidas diferentes e pode ser feita de madeiras diferentes”, alerta a entidade. A segunda forma é determinar o volume do móvel mais adequado para móveis de formato irregular.

 

A descrição do procedimento menciona outros valores que devem ser inseridos na calculadora, como o tipo de material e a densidade da madeira. O material é subcategorizado em madeira maciça, compensado, aglomerado, painel de fibra orientada (OSB) ou painel de fibra de média ou alta densidade (MDF ou HDF). Em relação à densidade da madeira, o PEFC disponibilizou uma lista de referências, ao mesmo tempo em que indica a importância da consulta da informação disponibilizada pelos fornecedores. “Em geral, quanto maior a densidade, maior a quantidade de carbono armazenada na madeira”, especifica a entidade.

 

O cálculo do armazenamento de carbono na madeira para móveis é realizado com base na Norma UNE EN 16449:2014 Madeira e produtos derivados da madeira: Cálculo do teor de carbono biogénico da madeira e conversão em dióxido de carbono.

 

Para o PEFC é importante notar que a pegada de carbono não se refere apenas ao carbono armazenado no mobiliário, mas também leva em conta as emissões geradas pelo processo de fabricação, aspectos logísticos como transporte etc. Portanto, para calcular a pegada de carbono é necessária uma avaliação do ciclo de vida do produto (ACV) e para que um produto seja verdadeiramente neutro em carbono, ou seja, para que o carbono seja compensado, tem de armazenar carbono durante pelo menos 100 anos, um tempo de vida que a maioria dos móveis raramente alcança.

 

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“Mesmo assim, compreender quanto carbono um produto armazena continua a ser fundamental para reduzir a pegada de carbono global, especialmente na tentativa de alcançar a neutralidade climática até 2050, conforme estipulado no Acordo de Paris”, destaca o PEFC.

 

É preciso ter em conta que, enquanto o armazenamento de carbono nas florestas é dinâmico e muda ao longo do tempo, o armazenamento de carbono nos móveis é estático, permanecendo no produto durante todo o seu ciclo de vida e só sendo libertado para a atmosfera quando queimado. Portanto, prolongar a vida útil destes produtos ajuda a reduzir a pegada de carbono, atrasando o seu lançamento. 

 

"O mais importante para que todos estes cálculos de armazenamento de carbono contribuam realmente para reduzir os efeitos das alterações climáticas, os móveis têm de ser feitos com madeira sustentável, proveniente de florestas bem geridas. Se a madeira é extraída utilizando métodos de corte antiéticos que contribuam para desmatamento, todo armazenamento de carbono será em vão; a pegada de carbono desse produto específico permanece insustentável”, conclui a entidade.

 

(Com informações https://asorarevista.com.ar)

 

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