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Bem-estar dos funcionários gera novas exigências para arquitetura

Por Evelyn - 23 de Abril 2019

O mercado imobiliário fechou o ano de 2018 com uma absorção líquida de 285 mil m² apenas no segmento corporativo classe A e para 2019 serão mais 200 mil m². Mais do que a busca por novos espaços, a mudança foi motivada por mais qualidade nas instalações e no bem-estar físico e emocional dos funcionários. Nesse novo momento, o segmento de arquitetura corporativa exercita um olhar mais humano e conquista novos clientes.

 

Para uma melhor experiência aos funcionários, entra em jogo a Neuroarquitetura - matéria que une a neurociência e a arquitetura para projetar espaços que influenciem positivamente o desempenho e as relações cognitivas de quem o ocupa. Cores, luminosidade, temperatura, acústica, entre outros fatores formam as novas diretrizes pensadas de acordo com o uso.

 

“Há caso de empresas que reduziram seu número de faltas por enfermidades como enxaquecas, stress, dores corporais. As empresas que demonstraram maior cuidado com seus colaboradores também passaram a atrair e reter mais os seus talentos. O ganho em bem-estar, produtividade e performance são inquestionáveis”, explica a arquiteta Bruna de Lucca, diretora da Studio BR Arquitetura.

 

O movimento por ambientes mais amigáveis e menos burocratizados e solitários, atende às demandas atuais como o impacto da depressão, ansiedade e estresse dentro das empresas. A própria Organização Mundial de Saúde (OMS) alerta que, até 2020, a depressão será a doença mais incapacitante do mundo. Apesar de possuir componentes genéticos, pode ser desencadeado por uma série de fatores, como o contexto social.

 

Segundo Bruna de Lucca, a grande mudança está no foco dos novos projetos de arquitetura. “Atualmente, consideramos um projeto correto ao setor corporativo aquele em que, automaticamente, faz com que os colaboradores se sintam representados, ouvidos, motivados e protagonistas da criação daquele espaço. A empresa ganha em produtividade e engajamento, e o colaborador em bem-estar”, afirma.

 

Esse novo cenário aqueceu o setor de arquitetura e integrou novos escritórios - com visão moderna – a clientes tradicionais, como bancos em escritórios de advocacia, em busca de adequação às novas demandas. Em 2018, com as mudanças do setor corporativo, o escritório de arquitetura multidisciplinar Studio BR cresceu aproximadamente 209% trabalhando apenas com ambientes de trabalho em busca de integração, espaços abertos e os benefícios da neuroarquitetura.

 

 

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