Bens de consumo: 2021 inaugura caminho para a recuperação

Após o grande choque exercido pela pandemia do COVID-19 na economia global, bem como no comércio mundial, 2021 felizmente marcou o início de um caminho de recuperação.

 

Os dados do comércio internacional de bens de consumo comprovam o início de uma fase de recuperação, após a forte queda verificada em 2020, perto de -5%. De acordo com os dados do ExportPlanning, disponíveis no  MarketResearch.com, as exportações globais de bens de consumo mais do que recuperaram seus níveis pré-COVID-19 em 2021, crescendo quase 14% em quantidade no ano passado – e mais de 8% se comparado a 2019.

 

Ainda assim, a análise dos setores específicos da indústria de bens de consumo revela desempenhos diferenciados: enquanto produtos domésticos e farmacêuticos apresentam taxas de crescimento expressivas em 2021, em relação a 2019, alimentos e bebidas embalados apresentam-se bastante estáveis. Pelo contrário, os bens de consumo embalados e a área da moda estão ligeiramente atrasados.

 

 

 

Produtos domésticos se beneficiam de novos hábitos

 

Quanto aos produtos domésticos, durante o ano de pandemia o comércio mundial mostrou-se bastante resiliente, enquanto em 2021 iniciou uma dinâmica de crescimento favorável: a procura global de produtos domésticos aumentou em quantidade quase 15%, face a 2020.

 

Neste contexto, praticamente todos os subsetores conseguiram apresentar níveis de exportações mundiais mais elevados do que em 2019. Os fluxos comerciais de panelas revelaram-se os mais dinâmicos (+34% a preços constantes, face a 2019), seguidos por luminárias, eletrodomésticos e têxteis para o lar, que aumentaram cerca de 20%. Os dados revelam taxas de crescimento significativas também para eletrônicos de consumo e móveis, que aumentaram cerca de 10% em 2021, em comparação com 2019.

 

A situação econômica geral afigura-se assim bastante favorável para todo o setor doméstico, que parece beneficiar de um interesse renovado pelos consumidores internacionais pelos cuidados domiciliares.

 

(*Por Alba Di Rosa - marketresearch.com)