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Black Friday: venda de móveis pode chegar a 1,9 bi em São Paulo

Revisado Natalia Concentino - 03 de Dezembro 2024
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Imagem: Freepik

Ao longo do final de semana da Black Friday 2024, o e-commerce brasileiro registrou mais de R$ 9,3 bilhões em transações, um aumento de 10,5% em relação ao mesmo período de 2023. Os dados são da plataforma Hora a Hora, da Confi.Neotrust, empresa de inteligência de dados, em parceria com a ClearSale, companhia de soluções antifraude.

 

O monitoramento Hora a Hora é elaborado a partir de dados dos sites oficiais das marcas durante todo o mês de novembro. Entre os dias 28 de novembro e 1 de dezembro, as atualizações foram realizadas a cada hora.

 

O volume de pedidos feitos na Black Friday, entre às 00h da quinta-feira (28) até às 23h59 do domingo (1), cresceu 13,1% em relação ao ano passado, chegando a 17,9 milhões.

 

Uma redução mais leve foi registrada no ticket médio das compras de 2024: ficou em R$ 519,75, valor 2,3% menor do que em 2023.

 

Segundo Juliana Lorenzetti, diretora de growth da Confi, plataforma de compras da ClearSale, os resultados da Black Friday 2024 refletem a recuperação econômica e o fortalecimento do poder de compra dos brasileiros.

 

“Os números evidenciam não apenas a relevância da data para o comércio, mas também a influência de fatores como a redução da taxa de desemprego e o impacto positivo de novos meios de pagamento, como o PIX, que já responde por 25,5% das transações”, diz Lorenzetti.

 

Produtos mais vendidos

 

Ainda segundo o levantamento da plataforma Hora a Hora, os cinco produtos mais vendidos no período foram: eletrodomésticos (15,9%), eletrônicos (11,4%), telefonia (9,4%), moda e acessórios (7,3%) e ar e ventilação (6,3%). No e-commerce, os meios de pagamento mais utilizados foram o cartão de crédito (63%), seguido por PIX (25,5%), boleto bancário (7,4%) e outros (4,2%), que incluem e-wallets, cashback, débito e vales.

 

Em relação ao perfil do consumidor, o público feminino foi responsável pela maioria das transações no período (51,2%), seguido por homens (48,8%). Quanto à faixa etária, a plataforma indica que a maior parte das compras foi realizada por pessoas entre 36 e 50 anos (41,4%), seguidas por consumidores de 26 a 35 anos (31,1%), acima de 51 anos (18,2%) e até 25 anos (9,4%).

 

Fraudes tiveram queda

 

No âmbito das fraudes, nesse mesmo período, o comércio eletrônico registrou cerca de 28,5 mil tentativas, totalizando aproximadamente R$ 45 milhões em golpes evitados. O valor representa uma queda percentual de 13% em relação a 2023.

 

Nesse intervalo, as cinco categorias com maior impacto financeiro foram: instrumentos musicais (4,20%), games (4,02%), informática (2,62%), eletrônicos (2,22%) e celulares (2,20%).

 

O ticket médio das fraudes foi de R$ 1.576,75, um aumento de 18% comparado a 2023.

 

A ClearSale explica que os resultados refletem suspeitas de fraude e que os números são dinâmicos, podendo sofrer alterações após um período, quando ocorre a confirmação da tentativa.

 

“O comportamento digital do brasileiro evoluiu, priorizando praticidade e diversificação, que, junto à combinação do pagamento da primeira parcela do décimo terceiro e o foco das empresas em itens de consumo rotineiro, favoreceu a alta nas vendas, ampliando o efeito da Black Friday no comércio durante todo o final de semana”, afirma Matheus Manssur, superintendente comercial da ClearSale.

 

Leia: 4ª feira pré-Black Friday tem faturamento recorde no e-commerce

 

Móveis bate recorde em São Paulo

 

Embora a Fecomércio ainda não tenha divulgado os números finais da Black Friday no estado de São Paulo, o faturamento dos segmentos mais impactados pela data deve crescer 10,3% no mês de novembro em relação ao mesmo período do ano passado. Se as projeções da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) se confirmarem, o setor pode faturar em torno de R$ 74,4 bilhões.  

 

As cinco atividades analisadas devem exibir alta nas vendas, com destaque para as lojas de móveis e decoração (14,8%) e para as lojas de vestuário, com previsão de crescimento de 14% em comparação a novembro de 2023. 

 

No primeiro grupo, estima-se um faturamento de R$ 1,9 bilhão, em decorrência do contínuo investimento dos consumidores em melhorar o espaço doméstico — tendência que foi reforçada pela pandemia e ainda segue em alta.

 

Com informações Infomoney e Fecomércio

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