Brasil é o segundo país do mundo com ataques cibernéticos
Somente em 2024 o Brasil já registrou quase 700 milhões de tentativas de ataques cibernéticos, o que equivale a mais de 1300 por minuto.
Apesar dos números gerais em queda, já que em 2022 o Brasil sofreu 103 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos, o que representa cerca de 30% dos casos registrados na América Latina e no Caribe, os ataques continuam causando graves prejuízos a pessoas físicas e jurídicas.
O número de tentativas de ataques a empresas brasileiras tem aumentado desde a pandemia de Covid-19. Em 2022, o país registrou 31,5 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos a empresas só no primeiro semestre, um aumento de 94% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Entre os casos de vítimas de hackers mais conhecidos estão o da Americanas, Record e Sabesp, além de diversos bancos e até a Agência Nacional do Petróleo (ANP) foi vítima.
Conheça alguns dos tipos de ataques cibernéticos que afetam empresas no Brasil:
Phishing
O Brasil é o maior alvo de ataques phishing na internet. Esse tipo de ataque consiste em enviar e-mails, mensagens de WhatsApp ou SMS maliciosos que parecem ser de uma instituição, como um banco ou uma loja. O objetivo é direcionar o usuário para um site malicioso, onde ele pode fornecer dados confidenciais
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Ransomware
Nesse tipo de ataque, os criminosos impedem que a vítima acesse os dados nos sistemas afetados e exigem um pagamento de "resgate".
DoS e DDoS
O ataque de negação de serviço (DoS) torna um servidor indisponível direcionando um volume de solicitações maior do que o servidor consegue atender. O DDoS é um ataque de negação distribuída de serviço, que utiliza vários computadores simultaneamente para paralisar o sistema.
Em 2022, cerca de 25% das empresas brasileiras tiveram perdas financeiras devido a ataques digitais. A maioria das empresas relatou casos de roubo de dados.
Empresas do setor de móveis e colchões também são alvos de ataques de hackers e, embora nem sempre queiram falar sobre o assunto, conseguimos autorização da Pró Colchões para contar o incidente sofrido recentemente, com intuito de alertar e prevenir sobre os problemas causados quando uma empresa sobre um ataque do tipo.
Móveis de Valor: É verdade que a Pró Colchões, empresa que atua com as marcas Probel e Prodormir, sofreu um ataque cibernético?
Pró Colchões: Sim, no último dia 10 de dezembro, na unidade Mercosul Espumas Industriais, de Aparecida de Goiânia (GO), fomos vítimas de um ataque Ransomware, orquestrado pelo grupo Akira, conhecido por ataques sofisticados a empresas de médio e grande portes.
MV: Como ocorreu o ataque?
Pró: O grupo usou criptografias de alta complexidade para sequestrar dados e apagar backups, o que torna a recuperação desses dados extremamente desafiador.
MV: Quais as providencias ações tomadas pela empresa?
Pró: Estamos tomando todas as medidas para solucionar o problema, como notificar a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) sobre o incidente, em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), e estamos seguindo rigorosamente as orientações do órgão. Também registramos boletim de ocorrência na 4ª Delegacia de Polícia especializada em crimes cibernéticos e a polícia civil de Goiás está investigando o caso. Além disso, contratamos uma empresa especializada na recuperação de dados complexos e estamos acionando nossos backups para recuperar, ainda que parcialmente, os dados.
MV: Como estão as atividades na empresa?
Pró: Estamos retomando as atividades de forma gradual, com protocolos reforçados, priorizando áreas essenciais como produção e faturamento. A retomada do imput de pedidos, recebimento de insumos e vendas entre empresas está em curso e deve ser normalizada nos próximos dias de forma a evitar transtornos aos clientes, aos quais somos gratos pela compreensão.
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