Brasil se rende de vez aos colchões dentro da caixa
Um colchão dentro da caixa já não é mais novidade, mas o crescimento do interesse dos brasileiros por esse tipo de colchão é. Por conta disso, há um movimento maior das marcas para a produção e venda dos bed in the box no País. Isso fica perceptível quando vemos a alemã Emma chegando ao Brasil com toda a sua bagagem e expertise, além de indústrias locais estarem investindo um bom dinheiro nas mais modernas máquinas para atender esse novo nicho de mercado.
O bed in the box nada mais é do que um colchão de espuma ou de molas dobrado dentro de uma caixa, facilitando, e muito, a logística e entrega. Esse é o fator mais relevante para seu sucesso, já que as pessoas podem comprar em uma loja física, por exemplo, e levar para casa no próprio carro. Este é o principal ponto destacado por Amit Eisler, um dos sócios da Zissou: “Essa tecnologia facilita a logística, transporte, armazenagem e entrega dos colchões, por isso digo que os bed in the box vieram para ficar”.
Aliás, embora não seja a pioneira neste modelo de negócio, a Zissou é uma das marcas deste conceito hoje mais conhecidas do Brasil, principalmente depois que enviaram um colchão para o jogador da seleção brasileira Marcelo que disputava a Copa do Mundo da Rússia em 2018 e sofria com dores na coluna. A startup, que se posiciona como uma marca de produtos para o sono, é brasileira, tem e-commerce e uma loja física, porém seus colchões são fabricados nos Estados Unidos. “Quando começamos o negócio focamos no desenvolvimento dos produtos, por isso optamos por não investir em uma fábrica própria. Nascemos no digital, criamos a nossa loja física própria e recentemente fizemos uma parceria com a Fast Shop. Por conta dessa expansão e da boa comercialização dos nossos produtos, pensamos em trazer nossa produção para o Brasil futuramente”, comenta Amit.
A parceria com a Fast Shop é uma oportunidade de aproveitar a capilaridade da rede de lojas para vender os colchões da Zissou. A única loja física da própria marca fica em São Paulo capital, e os sócios acreditam que ainda tem muito consumidor que quer conhecer o colchão antes de comprá-lo e, para que isso aconteça, tê-los em lojas físicas é fundamental.
“Nós enxergamos a Fast Shop como uma boa aliada, em termos de perfil de público, produtos vendidos e do modo com que pensamos os negócios, visando tecnologia. Além disso, agora passamos a ter nosso produto em lojas físicas de todo o Brasil, ou seja, passamos de uma para 100 lojas”, explica o sócio e co-fundador da Zissou.
Mas, outras marcas brasileiras estão investindo no conceito do colchão na caixa. Um exemplo é a paranaense Maxflex, que já produz os colchões bed in the box em sua fábrica em Curitiba. E o investimento para adquirir o maquinário capaz de produzir com eficiência os colchões em caixa – tanto de espuma quanto de molas – foi alto, a empresa injetou U$ 1 milhão em 2018 e colocou o equipamento em funcionamento em março de 2019. O alto preço da máquina é justificado por todo o processo de produção que ela é capaz de fazer (quase uma fábrica completa). De acordo com o empresário Sidney Gonçalves da Silva, seu maquinário é capaz de prensar e embalar até cinco mil colchões por dia.
One é o nome da linha bed in the box feita pela Maxflex, que ganhou um site próprio para vendas e, no início de outubro já estava disponível nas quatro lojas físicas da marca em Curitiba. “Desde que vimos o sucesso da americana Casper, em 2013, planejávamos investir nessa tecnologia, mesmo sem saber como o mercado brasileiro iria se comportar. Porém só compramos a nossa máquina no ano passado e depois de vários testes colocamos em prática a nossa produção”, conta Sidney.
O diretor da Maxflex comenta que colocar os colchões para serem vendidos nas lojas físicas vem se mostrando uma ótima oportunidade de venda. “Desde que colocamos a linha One nas lojas notamos que as vendas melhoraram e essa alternativa pode ser até mais eficiente que a online, já que o consumidor pode deitar no colchão conhece-lo melhor, vendo se atende suas necessidades de conforto e verificando a qualidade do material utilizado na fabricação”, afirma.
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