Brasileiro se rende a compra online de móveis
De acordo com o estudo “Como a indústria tem reduzido o caminho de vendas até o consumidor?”, o número de vendas online direto ao consumidor aumentou 20% em 2018 em relação à 2017. Isso gerou uma movimentação de R$ 2,5 bilhões no ano passado, segundo os dados do Ebit|Nielsen. O que chama a atenção é que, apesar de muitas lojas já terem nascido no ambiente digital, as grandes varejistas, aquelas de tradição em lojas físicas, ainda são as responsáveis pela maioria dessas vendas. Mas isso não quer dizer que o cenário esteja longe de mudar nos próximos anos. O estudo foi apresentado no final de maio durante do evento Vtex Day em São Paulo (SP).
Segundo as informações, o número de pedidos cresceu de 5,2 milhões em 2017, para 7,5 milhões no último ano. Representando uma alta de 43%, quase quatro vezes mais que a média do mercado, que foi de 11%. Porém houve uma queda no tíquete médio de 16,1% se comparados os dois períodos, passando de R$ 403,00 para R$ 338,00.
O segmento moveleiro está entre os quatro primeiros em volume de pedidos online do Brasil. Ao todo, são 3 milhões de clientes por mês que compram móveis e decoração no e-commerce, de acordo com dados do Sindmóveis (Sindicato das Indústrias Moveleiras de Bento Gonçalves – RS) e do Sebrae do Rio Grande do Sul.
A MadeiraMadeira é um exemplo de loja que já nasceu no ambiente digital e atua há dez anos nesse mercado, continuando satisfeita e projetando um aumento no número das vendas de móveis por meio do e-commerce, principalmente. O crescimento chega a mais de 50% ao ano nesse tipo de venda no site.
Leonardo Raduy, gerente de marketing da MadeiraMadeira, conta que quando eles criaram o site, em 2009, o mercado de venda de produtos para casa ainda era muito tímido. “Se hoje a maior concentração de mercado ainda está no varejo físico, imagina dez anos atrás. No nosso caso havia um desafio extra, comercializamos nossos produtos sem estoque próprio, utilizando apenas o da indústria, um modelo chamado dropshipping, o que envolveu uma reeducação da indústria e dos nossos parceiros”, explica.
Victor Noda, sócio fundador da Mobly – loja que atuava somente no meio digital e inaugurou sua loja física no dia 12 de julho deste ano – acredita que o e-commerce ainda oferece vantagens frente as lojas físicas. “A maior vantagem de se vender online é a variedade de produtos que podemos oferecer para os clientes em qualquer lugar do país. Na Mobly nós temos mais de 200 mil itens ativos, o que seria física e economicamente inviável para quem só trabalho com o varejo físico”, comenta.
As lojas de varejo tradicionalmente físicas ainda são responsáveis pela maior fatia de vendas nos meios digitais, registrando 51% dessas vendas no Brasil. Chegando a ter um faturamento de R$ 27 bilhões em 2018, uma alta de 12% em relação ao mesmo período de 2017.
Mesmo com lojas mais focadas em oferecer móveis e decoração e que já foram criadas especializadas no digital, o Magazine Luiza, que nasceu e se consolidou no varejo físico, está cada vez mais em expansão nos meios digitais, trabalhando o conceito de omnichannel e fortalecendo suas vendas no e-commerce. Sendo uma grande concorrência para as empresas digitais, apesar da ampla gama de produtos vendidos pela varejista, sem ter o foco específico em mobília.
Outra rede de lojas que resolveu investir mais nas vendas digitais foi a Marabraz que, inclusive, buscou a personalização para entrar de maneira mais eficiente nesse mercado. Segundo dados divulgados à imprensa, nos três primeiros meses de 2019, as chamadas vitrines personalizadas representaram 30% de todas as vendas geradas no e-commerce da marca. Ou seja, anúncios direcionados aos usuários são um tipo de estratégia que pode ser adotada para render mais vendas nas plataformas online.
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