Cá entre nós: o vírus chinês vai nos deixar melhores ou piores?
Às maldades já conhecidas do coronavirus se somam a evidências de que algumas pessoas com Covid-19 teriam sintomas neurológicos. Ari Bruno Lorandi, CEO do Intelligence Group, tem outra preocupação. Neste artigo ele questiona, a partir de algumas perguntas, sobre como vamos sair da pandemia.
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Sempre soube que nascemos bons por natureza e como indivíduos somos éticos, honestos, solidários, mas na formação da personalidade acontecem desvios e muitos se tornam egoístas, arrogantes para dizer o mínimo. Faz parte. O brasileiro gosta de levar vantagem, é a favor de qualquer mudança, desde que não mexam nos seus benefícios. Tudo bem. Sempre foi assim.
Mas sempre ouvi que esse viés negativo do brasileiro se devia ao fato de nunca termos passado por uma grande tragédia, que afetasse a todos, o País inteiro. E, se um dia isso acontecesse, repensaríamos as nossas posições, ou ainda melhor, as nossas próprias convicções. E sairíamos da tragédia com novos valores e infinitamente melhores do que antes.
Bem, chegou o momento. Estamos atravessando uma tragédia que está afetando a todos.
E quando parece estarmos mais próximos do fim da tragédia do coronavirus do que já estivemos antes, cabe a pergunta: como vamos sair desta pandemia? Melhores, piores, ou iguais?
Admito que seis meses ou um ano é pouco tempo para mudanças profundas, mesmo com uma grande tragédia. Mas, me arrisco a algumas perguntas em razão do que temos ouvido insistentemente nestes últimos meses:
A percepção de nossa casa como refúgio vai continuar depois?
O trabalho em casa é uma tendência, ou só deu certo porque as pessoas estavam isoladas, privadas de sua vida social?
Quem deverá ser beneficiado primeiro quando a vacina chegar? Quem tem mais dinheiro para pagar, ou quem precisa mais por estar nos grupos de risco?
E a nossa vida pessoal, ficará melhor? Vamos beijar mais, abraçar mais, amar mais?
Aprendemos, durante a pandemia, a discutir a relação de maneira diferente ou vamos continuar abrindo as gavetinhas do passado, forma comum de encerrar uma DR em briga?
Cá entre nós, eu quero sair desta situação no menor tempo possível, com a certeza de ter contribuído com outras pessoas, que sentiram os impactos da pandemia mais do que eu. Quero continuar com o meu trabalho, porque sei que ainda tenho muito para fazer. Quero continuar sendo feliz e fazendo as pessoas felizes.
Independente de tragédia, a gente chegou a este mundo bom, ético e honesto. E não há nenhuma razão para mudar isso agora. Concorda?
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