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Casas Bahia dispara na Bolsa após pedir recuperação extrajudicial

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As ações da Casas Bahia disparavam nesta segunda-feira (29), após a companhia entrar com pedido de recuperação extrajudicial. Após abrir o pregão em leilão, subia 17,38%, cotada a R$ 6,44, por volta das 13h38.

 

dívida da companhia soma R$ 4,1 bilhões. O reperfilamento alonga o prazo médio da dívida de 22 meses para 72 meses e, ainda, reduz em 1,5 ponto percentual o custo médio. Em contrapartida, oferece aos credores a possibilidade de converter parte da dívida em equity.

 

Os analistas do mercado avaliam o pedido da varejista como “positivo”, pois representa uma melhoria nos fluxos de caixa de curto e médio prazo e diminui os riscos de preocupações com liquidez.

 

A Ágora Investimentos e o Bradesco BBI destacam que a recuperação pode melhorar o fluxo de caixa em R$ 4,3 bilhões nos próximos quatro anos. “Isso significa cerca de 8x o valor de mercado atual da BHIA3 de R$ 517 milhões, cujo preço já incorpora a já amplamente conhecida estrutura de capital complexa e situação de fluxo de caixa da empresa”, dizem.

 

Os analistas Pedro Pinto e Flávia Meireles afirmam ainda que a administração da Casas Bahia pode, agora, ter maior foco e elevar o esforço na execução do plano de transformação sem a distração de resgates significativos de caixa que acontecem no curto prazo.

 

leia: Casas Bahia pede recuperação extrajudicial para aliviar o caixa

 

A XP Investimentos defende o mesmo ponto de vista: “enxergamos o anúncio como um passo importante para a reestruturação da companhia, uma vez que a nova estrutura deixa a empresa em uma posição mais confortável para executar ajustes operacionais”.

 

Além disso, os analistas destacam que a proposta já foi pré-aprovada pelos principais detentores de títulos da empresa, Bradesco Banco do Brasil, que, juntos, detêm 54,5% da dívida quirografária.

 

A recuperação extrajudicial ainda tem escopo limitado e, por isso, não deve impactar outras obrigações com fornecedores e parceiros de negócios, e as operações e obrigações do dia a dia da companhia seguem normais. 

 

Fonte: www.infomoney.com.br

 

 

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