Casas Bahia: Por que ação da ex-Via desaba 20% em 4 dias?
As ações da Casas Bahia despencaram 11,77%, a R$ 0,60, no pregão desta segunda-feira (25).
Desde que passou a negociar sob o novo ticker, na quarta-feira da semana passada (30), os papéis da ex-Via desabaram 20%.
Segundo a analista da Nova Futura, Bruna Sene, três pontos pressionam a varejista: fatores conjunturais, setoriais e desconfiança do mercado.
O analista da Empiricus Research, Fernando Ferrer, ainda afirma que BHIA3 continua repercutindo o aumento de capital e a possibilidade da antecipação do CRI por conta do rebaixamento de rating.
O que pressiona Casas Bahia?
Do lado conjuntural, a analista da Nova Futura destaca que as ações da Casas Bahia sofrem com um ambiente macroeconômico de menor apetite por risco. “Os investidores seguem preocupados com o ritmo de aperto monetário nos Estados Unidos”, ressalta.
No Brasil, a Selic também segue no radar, pois, mesmo com o início do ciclo de cortes, os juros continuam elevados e o ritmo parece menos intenso do que o esperado. Além disso, o alto endividamento das famílias brasileiras trava o consumo e a melhora nas receitas deve ser lenta.
No âmbito setorial, o varejo ainda está em processo de “adaptação pós-pandemia”. O ramo acompanha uma mudança no perfil dos consumidores e um cenário digital mais competitivo, diz Sene.
Por fim, através da restruturação, a Casas Bahia tenta reduzir alavancagem e melhorar o operacional. No entanto, a companhia precisa entregar resultados “mais concretos” para o mercado voltar a apostar nela.
Ferrer, da Empiricius, também não descarta que o cenário deve continuar tortuoso para as varejistas até o final do ano, em especial, para as focadas em baixa renda, como a Casas Bahia.
(Fonte: moneytimes.com.br)
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