CNC reduz previsão de crescimento do varejo
A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) reduziu em 0,2 ponto percentual a expectativa de crescimento do comércio em 2018, para 5%. A redução foi motivada pela queda de 0,2% nas vendas no varejo, verificada em fevereiro deste ano em comparação a janeiro, conforme a Pesquisa Mensal do Comércio divulgada na última semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Sem crescimento mensal desde novembro do ano passado, quando o setor registrou alta de 2,4%, os dados sugerem, segundo a CNC, “maior dificuldade do consumo nos últimos meses”.
Na comparação com o mesmo mês do ano passado, o varejo avançou em fevereiro 5,2%, o desempenho menos favorável do volume de vendas desde julho do ano passado. Para a CNC, apesar de resultados positivos em dois dos dez segmentos cobertos pela pesquisa do IBGE, a recuperação do setor “continua dependente, de forma mais ampla, da regeneração das condições de consumo”. A avaliação da entidade é de que, “ao processo de desinflação deve se somar a intensificação da queda nas taxas de juros ao consumidor para que, quando da retomada do nível de emprego, o setor possa consolidar sua recuperação”.
"Mesmo considerando um cenário ainda favorável quanto ao comportamento dos preços e do custo dos investimentos no decorrer do corrente ano, as incertezas oriundas do quadro político de 2018 deverão contribuir para inviabilizar a retomada consistente dos investimentos”, afirma Fabio Bentes, economista-chefe da CNC. Estes fatores – o ritmo atual de quedas nos serviços, mesmo em uma base de comparação deprimida, e a lenta queda da taxa de desemprego – levaram também a CNC a revisar para baixo sua projeção do volume de receita do varejo em 2018, de -0,2% para -0,8%, em 2018.
(Com informações de Agência Brasil e CNC)
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