Colchões feitos a mão são sinônimo de luxo na loja Vivar
Bruno Dias é o típico empresário movido a superação. Baiano de Feira de Santana, ele é dono da marca de colchões Vivar, a primeira no Brasil a vender colchões montados à mão, utilizando a tecnologia da alemã Hästens. Esse modo artesanal, restrito a um seleto grupo no mundo, é sinônimo de luxo e primor em todos os detalhes. Seus produtos são encontrados em apenas cinco pontos de venda de Porto Alegre e acessível a um público cujo perfil, elegantemente, ele qualifica de inteligente, embora seja majoritariamente consumido pelas camadas de maior poder aquisitivo.
Aos 45 anos de idade bem vividos, esse ex-camelô e ex-vendedor de colchão de porta em porta, esbanja vitalidade, uma simpatia admirável e uma franqueza assombrosa para contar, sem rodeios, sua trajetória, que inicia por uma criança hiperativa, com déficit de atenção e dislexia, expulso de todos os colégios por onde passou. Por um adolescente que enfrentou o menosprezo da família, passou dias enfurnados em salas de cinema para fugir da realidade, até que em 2001, então com 24 anos, deu o maior passo na sua carreira ao criar a Vivar Sleep Center.
“Meu negócio é varejo”, resume Bruno para o desapontamento do pai, Rubens Francisco Dias, que trabalhou a vida toda na Ortobom, desde o tempo que era Metalonita, e que queria ver os três filhos atuando na indústria. “Toda vez que abria uma fábrica nova, mudávamos de estado. Foi assim que viemos parar no Rio Grande do Sul. Mas quando ele voltou para São Paulo, em 1993, eu decidi não acompanhar a família, rompi e sofri represália. Virei a ovelha negra”, conta o empresário.
Na faixa dos 20 anos, foi ser vendedor ambulante. Oferecia colchão em praças públicas no litoral norte do Estado. Chegou a montar uma distribuidora para vender “colchão magnético” de porta em porta. Desistiu do negócio por dois motivos: incompatibilidade com o sócio e o desconforto de vender um produto cujos benefícios ele, sinceramente, não acreditava.
Tempos depois, conheceu Leonardo Molinari da Silveira, que se tornou amigo e sócio. Juntos criaram a Vivar. Leonardo entrou com todo o capital e ele com o know-how e o trabalho. Foi o começo da virada. “Fomos a primeira loja do sul do País a oferecer estacionamento próprio, manobrista, trabalhávamos com porta fechada para aproveitar o ambiente climatizado e tínhamos ainda uma cafeteria”, enumera. Três anos depois, adquiriu o controle total da Vivar. A amizade entre os dois continua sólida até hoje...leia mais.
Comentários