Colchões sem certificação são apreendidos na ExpoMóvel Nordeste
Na noite de sábado (25), o último dia de ExpoMóvel Nordeste, feira que aconteceu em Caruaru (PE), colchões sem a devida certificação compulsória foram apreendidos.
Após o recebimento de uma denúncia anônima, o IPEM (Instituto de Pesos e Medidas) analisou e concluiu que colchões expostos no evento pelo Grupo Topázio - que possui sede em Imperatriz (MA) e unidades em outros estados do Norte e Nordeste, estavam não-conformes. Depois dessa confirmação, responsáveis se deslocaram até a feira e fizeram a retirada dos itens que não possuíam a devida certificação.
Recentemente o Observatório do Colchão informou que daria continuidade às ações do programa de verificação de mercado em feiras, lojas e sites. Agentes do Observatório do Colchão visitarão feiras e lojas por todo Brasil e sendo detectado colchão não-conforme, os órgãos de fiscalização (Inmetro, IPEM, Procon, delegacia do consumidor) serão acionados de imediato. “O objetivo dessas ações é evitar que produtos não-conformes e práticas anticompetitivas tenham espaço no mercado colchoeiro. As regras existem e devem ser cumpridas por todos", afirma Rodolpho Ramazzini, presidente do Observatório do Colchão.
Outro ponto importante de destacar é que a retirada de colchões em lugares públicos como shoppings, lojas e feiras não visam constranger as marcas, mas sim conscientizar cada vez mais o setor para que as empresas sempre verifiquem a conformidade de seus produtos antes de expor. Afinal, ao apresentar itens não conformes a fábrica ou a loja age de forma antiética e descumpre o estabelecido no Código de Defesa do Consumidor.
“A certificação é o que nos garante que um colchão foi testado e que atende os requisitos mínimos de desempenho. Um fabricante que desconhece ou ignora normas e regulamentos coloca em risco a sua marca, a imagem de seu cliente lojista e a satisfação do consumidor. A prática de fabricar, importar, distribuir e vender produto não-conforme sujeita os envolvidos a sanções e penalidades previstas em Lei", explica Rodrigo Melo, presidente da Abicol. “Quem cumpre corretamente o que determinam as normas apoia o trabalho da fiscalização”, acrescenta Melo, enfatizando que a venda de colchões não-conformes causa problemas para toda a cadeia colchoeira.
É importante frisar que, ao detectar uma falta de certificação ou irregularidade em colchões expostos em eventos ou lojas, é possível denunciar através do canal de denúncia do Inmetro ou da plataforma online do Observatório do Colchão, entre outros canais.
POSIÇÃO DO GRUPO TOPÁZIO
Em contato com a nossa redação, a direção do Grupo Topázio informa que:
“O ocorrido no último dia da Feria de Caruaru de março do corrente ano, foi única e exclusivamente ocasionada por um erro de impressão nas etiquetas, pois houve uma inversão do organismo de certificação do produto (OCP), visto que o mesmo havia sido trocado recentemente.
Afirmamos a nossos clientes e parceiros que todos os nossos produtos são registrados, certificados, e atendem a todas as normas exigidas pelos órgãos de fiscalização, não restando qualquer motivo ou razão que venha a questionar a ilibada reputação das nossas empresas.
Somos um Grupo sólido e respeitável, de tradição estabelecida no mercado com 7(sete) indústrias de colchões, 4(quatro) indústrias de estofados, duas de móveis e abarcando aproximadamente 1000 funcionários diretos, sempre primando pela oferta dos melhores produtos.
Isto posto, nos colocamos à disposição de todos para quaisquer esclarecimentos”.
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