Como sobreviver em uma crise que não tem prazo para acabar
Se os últimos dias foram de dúvidas e insegurança sobre a duração da crise provocada pelo vírus chinês, é certo que o comércio será fortemente impactado, tanto pelas questões de restrição de circulação, como pela obrigação de fechamento das lojas físicas.
Mas qual a solução para a maioria dos negócios? Como vender nesse período? Como sobreviver? Como manter os negócios e os funcionários, considerando o impacto grande no faturamento?
Caio Camargo é sócio-diretor da GS&UP, potencializadora de Negócios do Grupo GS& Gouvêa de Souza, observa que em um cenário como esse, não dá para fazer tudo da mesma maneira como se estava fazendo. É preciso criatividade, visão e até mesmo coragem para testar novos modelos e formas de se chegar ao consumidor.
Com a porta da loja fechada, a loja terá de encontrar maneiras de vender mesmo assim. As redes sociais e o e-commerce podem ser uma das saídas para aqueles que já vem trabalhando nessa frente.
“Para quem se preparou, investir em marketing, conteúdos, divulgações e ofertas, em um momento onde todos estarão concentrados nas vendas nos canais digitais, será essencial. Não é uma questão apenas de estar, mas buscar de alguma forma, se destacar”, recomenda Caio Camargo.
E, ao mesmo tempo que a venda é importante, a entrega pode ser o calcanhar de Aquiles para muitos varejistas. Se acontecer um aumento de demanda não previsto, e picos de vendas, são necessárias estratégias e ações para que as entregas possam acontecer de forma adequada.
Caio aconselha quem ainda não se preparou, ou o foco nunca foi a venda online, este é o momento de repensar. “Vale até mesmo vender pelo telefone, como por exemplo colocar o time todo vendendo via WhatsApp para seu grupo de amigos e clientes, e até entregar pessoalmente, usando seu próprio veículo, principalmente se você é um pequeno varejista com negócios local. Venda de dia e entregue no fim da tarde, se preciso for”, recomenda. “Vale tudo, só não vale ficar parado”, completa.
O consumidor está em casa, buscando alternativas para sobreviver financeiramente, e maneiras de amenizar o cotidiano de opções restritas. “Aqueles que souberem entender como atender essas demandas, poderá até mesmo crescer nesses tempos de crise. Para toda dor, pode existir não somente um remédio, mas alguém vendendo o remédio. Já é dito que são as tempestades que formam os melhores capitães. E são os melhores capitães que vão encontrar o caminho em direção à bonança antes dos demais”, enfatiza o sócio-diretor da GS&UP. E ele sugere cinco ações que podem fazer a diferença:
1- Foque no online, pensando não apenas na melhor oferta, mas também na melhor entrega possível ao cliente,
2- Todo mundo está online, então, não é mais sobre estar online, mas sobre fazer a diferença nesse cenário. Repense e invista nesse cenário para ganhar relevância e converter isso em vendas.
3- Não está online ainda? As redes sociais e até mesmo o WhatsApp são caminhos simples, rápidos e gratuitos para começar. Busque exemplos e referências e mãos à obra!
4- Entenda novas maneiras de como vender e como aproveitar seus colaboradores para vender remotamente nesse momento.
5- Faça pequeno, faça grande, faça novamente, refaça. Faça algo!
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