Confiança da indústria sobe em fevereiro

A confiança da indústria registrou o maior nível desde agosto de 2018, segundo levantamento da Fundação Getulio Vargas (FGV). O Índice de Confiança da Indústria (ICI) foi de 99 pontos em fevereiro, o que representa alta de 0,8 ponto. A pesquisa ainda revela que o resultado desse mês foi influenciado pela melhora das condições correntes, que veio acompanhada de acomodação das expectativas.

 

Durante o período analisado, a confiança aumentou em 12 dos 19 segmentos industriais pesquisados. O Índice da Situação Atual (ISA) avançou 1,8 ponto e registrou 98,8 pontos, marcando a quarta alta consecutiva. Já o Índice de Expectativas (IE) foi de 99,2 pontos, com queda de 0,3 ponto.

 

De acordo com a análise da FGV, o nível de confiança industrial próximo dos 100 pontos reflete uma situação de normalidade e sugere que o setor começa a se afastar dos resultados do segundo semestre de 2018. “A alta de fevereiro foi determinada pela melhora das condições correntes, que veio acompanhada de acomodação das expectativas. Um destaque do mês foi a normalização dos estoques, o que facilitará o caminho para a retomada da produção industrial nos próximos meses. Mas há que se considerar também a preocupação do setor com a evolução da demanda externa, principalmente nos segmentos de duráveis e de bens de capital”, afirma a FGV no relatório.

 

O indicador que mede o nível dos estoques das empresas subiu 4,7 pontos e registrou 101,5 pontos, exercendo a maior influência para o avanço do ISA em fevereiro. A parcela das empresas que avaliam como excessivo os estoques caiu de 11,3% para 9,9% e a proporção das que estão com estoques insuficientes subiu de 3,8% para 4,5%.

 

O indicador que mede a expectativa dos empresários em relação à evolução da situação dos negócios nos seis meses seguintes, ao recuar 2,4 pontos, exerceu a maior influência para a queda do IE no mês. Ainda assim, com 104,3 pontos, continua sendo o indicador com maior pontuação entre os seis quesitos integrantes do ICI.

 

Entre janeiro e fevereiro, a parcela de empresas que preveem melhora nos negócios recuou de 50,8% para 47,6%, enquanto a das que projetam piora subiu de 6,5% para 6,8% do total. No sentido contrário, o indicador que mede as expectativas para a produção nos três meses avançou pela segunda vez seguida. Ao avançar 2,2 pontos, o indicador alcançou 97 pontos –melhor resultado desde setembro de 2018.

 

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) do setor subiu 0,4 ponto percentual em fevereiro, marcando 74,7%, a primeira alta desde setembro de 2018.