Congresso Mundial propõe triplicar investimento florestal até 2030
Sob o lema "Construindo um futuro verde, saudável e resiliente com florestas" foi realizado o XV Congresso Florestal Mundial (WFC), de 2 a 6 de maio, em Seul, Coreia do Sul, reunindo 15.000 participantes (4.500 virtualmente) de 141 países. O evento foi organizado pelo governo da Coreia do Sul como anfitrião e pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura - FAO.
O documento de encerramento do XV CMF – chamado de "Declaração de Seul" – expressou fortemente a necessidade de ações imediatas para evitar a persistente degradação da massa florestal mundial e pediu decisões políticas para triplicar o investimento em florestas e sua restauração até 2030 "a fim de implementar compromissos globais e cumprir metas acordadas internacionalmente".
Durante o CFM, foram realizadas 30 sessões de diálogos temáticos, organizadas em seis eixos, sobre as questões atuais mais importantes relacionadas às florestas e aos produtos e serviços que prestam:
- Desmatamento reverso e degradação florestal;
- Soluções baseadas na natureza (SbN) para adaptação às mudanças climáticas e conservação da biodiversidade;
- Greenways (vias verdes) rumo ao crescimento e sustentabilidade;
- Florestas e saúde humana;
- Gerenciar e comunicar informações, dados e conhecimentos da floresta;
- Melhorar a gestão e a cooperação.
A Declaração Final ressaltou a importância das florestas e da silvicultura como ferramentas fundamentais para mitigar "as mudanças climáticas, a perda da biodiversidade, a degradação da terra, a fome e a pobreza". Em particular, lembrou-se que a madeira é chamada a ter um papel primordial para um futuro sustentável por ser uma matéria-prima "renovável, reciclável e incrivelmente versátil".
Nessa linha, o documento destacou que para "transformar o setor da construção civil, fornecer energia renovável e novos materiais inovadores e avançar em direção a uma bioeconomia circular e neutralidade climática", todo o potencial da madeira deve ser explorado.
A Declaração de Seul também observou que a produção e o consumo globais "precisam ser sustentáveis e as iniciativas políticas incentivar mecanismos inovadores de financiamento verde para aumentar o investimento em conservação, restauração e uso sustentável das florestas".
Novas tecnologias emergentes foram mencionadas como uma solução para fornecer informações e conhecimentos sobre florestas, com o objetivo de tomar decisões em consonância com a sustentabilidade em questões florestais em todo o mundo.
(Com informações ASORA)
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