Construção Civil impulsiona decoração em Manaus
Por Edson Rodrigues
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21 de Maio 2012
Para a vice-presidente do CAU, Cristiane Sotto Mayor, apesar do crescimento, o mercado tem condições de se expandir. Segundo ela, há apenas seis grandes lojas do setor de móveis na cidade. “Temos ótimas opções e produtos de qualidade, mas vejo que há uma deficiência no número de lojas”.
Para o arquiteto Edgar Noronha, o mercado de decoração se ampliou puxado pela verticalização das construções. “A cidade está crescendo para cima e os imóveis estão diminuindo. Os clientes têm procurado os profissionais de arquitetura para adequar utensílios e móveis de decoração nesses espaços pequenos”, diz Noronha, que também é designer de interior e urbanista.
Para a arquiteta Luciana Moreno, “o cliente está buscando mais orientação na hora de montar um apartamento novo ou redecorar a casa”. Segundo Luciana, é comum os arquitetos acompanharem os clientes nas lojas. “Eles dizem do que gostam e a gente sugere o que pode compor melhor o ambiente”.
A opinião é compartilhada com a proprietária da loja Studio Casa, Daniele Lima. “Em São Paulo ninguém trabalha sem arquiteto. Vejo que essa mudança agrega mais valor ao arquiteto daqui”.
O aquecimento do setor de decoração na cidade aumenta também a demanda de profissionais da área. Segundo o presidente do CAU, Jaime Kuck, 500 arquitetos e 90 empresas estão cadastrados no Conselho.
O mercado de decoração, como moda, por exemplo, segue as tendências que refletem o período, como uma espécie de corte no tempo. Para a arquiteta Luciana Moreno, “os papéis de parede voltaram a ser utilizados para valorizar os ambientes”.
Os preços dos produtos variam entre R$ 87 e R$ 450 o rolo. Na loja Ditacasa, um rolo de cinco metros quadrados sai por R$ 87. Outros mais trabalhados custam R$320. Aloja tem cerca de 120 modelos diferentes e os produtos são importados da China.
Na Studio Casa, o cliente encontra o produto a partir de R$ 200, com pouco mais de 260 variedades. Segundo a proprietária Daniele Lima, o papel de parede tem sido muito procurado porque é mais rápido e simples de colocar. “Hoje temos opções de revestimento que ‘imitam’ até pedras e são todos vinílicos (plástico apropriado para revestir pisos e paredes)”.
Vasos e arranjos florais são outros produtos procurados. Na D’Casa, os valores variam entre R$ 43 e R$269. A vendedora Nina Benício explica que os preços dependem do material. Segundo ela, os de cerâmica são os que têm maior saída na loja. Na Ditacasa, o consumidor encontra vasos a partir de R$ 15. Já os vasos de jardinagem feitos de porcelana variam entre R$ 15 e R$ 70.
Para a arquiteta Luciana Moreno, quadros decorativos feitos em série e luminárias também valorizam os ambientes. Os preços variam de R$80 a R$ 2,5 mil, enquanto as luminárias tem preço médio de R$ 1200, mas há lustres de R$ 15 mil. Já os abajures têm preços médios entre R$ 40 e R$ 700.
Em uma das maiores lojas do segmento de móveis, a MS Casa, o consumidor tem preferência pelos sofás, mas sempre leva algo a mais para decorar a casa. “O cliente vem e procura os sofás retráteis, mas acaba levando tapete, quadros e vasos”, explica o gerente André Oliveira.
(Fonte: D24 AM)
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