Consumidor desacelera uso do Minha Casa Melhor
Por Edson Rodrigues
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02 de Dezembro 2013
O programa Minha Casa Melhor, que chega perto de completar seis meses de funcionamento, registrou uma desaceleração. Desde agosto, vem caindo a quantidade gasta pelos contratantes do crédito e tornou-se um desafio para o varejo de pequeno porte.
Para Mário Ferreira Neto, diretor executivo de Cartões e Financiamento ao Consumo da Caixa Econômica Federal, em entrevista ao jornal Valor Econômico, o programa, considerado um canal importante para expandir a venda financiada de eletrodomésticos, móveis e até tablets para o consumidor de baixa renda, teve uma repercussão fantástica no começo, então era natural que no primeiro momento houvesse um volume maior de contratações.
Até 25 de novembro, a Caixa Econômica Federal emitiu 317.098 cartões do Minha Casa Melhor e liberou mais de R$ 1,55 bilhão em crédito, dos quais mais de R$ 1 bilhão foram usados. Ele ressalta o aumento das contratações de crédito em novembro, de 20,1 % em relação a outubro, como o início de uma retomada, baseada no aquecimento da demanda no fim do ano. "Já contratamos quase 30% do valor disponível no programa. Atingir esse número em quatro meses é excepcional", diz.
O banco nega que a desaceleração seja proposital, resultado da possibilidade de uma eventual inadimplência alta. "As primeiras prestações venceram em novembro, mas por enquanto nada aponta para a inadimplência alta", diz.
O primeiro balanço do programa sairá em janeiro.
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