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Coronavírus faz consumidor valorizar a empatia das marcas

Por Natalia Concentino - 20 de Abril 2020

Viver em tempos de pandemia é observar tudo o que vem sendo feito para enfrentar o vírus, nosso inimigo em comum, ou amenizar os danos causados pela disseminação, seja financeiramente ou como forma de apoio aos profissionais de saúde e infectados. Alguns já tratam a pandemia como uma “terceira guerra mundial” ou o evento mais marcante deste século, afinal, depois de tantos anos em constante movimento, o planeta parece estar parando e esperando para uma retomada, assim como aconteceu depois das duas grandes guerras da história recente. E qual o papel do consumidor em meio a tudo isso?

Uma pesquisa realizada pela Consultoria Croma mostra que as marcas mais lembradas pelos consumidores brasileiros neste período de pandemia são justamente aquelas que foram as primeiras a produzir álcool em gel para doar para a rede pública de saúde, ou desenvolveram algum tipo de ajuda mais eficiente à população. Ou seja, o engajamento, sobre o qual já falamos em reportagens da Móveis de Valor, se mostra cada vez mais importante para as marcas que querem sobreviver com uma boa imagem depois dos últimos acontecimentos.

O consumidor parece estar cada vez mais atento ao que as marcas estão fazendo, portanto, as “queridinhas” podem perder esse posto quando não se posicionam ou tentam se aproveitar da situação com preços abusivos, por exemplo. Para entender melhor isso, a Croma criou a pesquisa Mudança A, em que essa transformação da relação do consumidor com as marcas foi analisada.

O estudo ouviu cerca de 4 mil pessoas, sendo que 89% declararam que estão preocupadas com a pandemia. Quanto ao consumo, 42% diminuíram a frequência das compras de alimentos, mas aumentaram na quantidade de itens. Os produtos de higiene, naturalmente, cresceram e 82% dos entrevistados já compraram alguns deles para proteção própria ou da família.

Na liderança de consumo entre os produtos de limpeza e higiene estão o álcool em gel, com 45% de aumento na compra, seguido do álcool (43%), sabonetes (42%), desinfetantes (39%) e detergentes (36%). E em relação aos alimentos, o comércio de bairro está mais valorizado: 51% declararam que estão comprando mais nos estabelecimentos do bairro. 

Depois dos produtos de higiene e limpeza, os produtos mais consumidos são o arroz (34%) e o feijão (30%). As frutas tiveram aumento de 25% e os legumes de 24% na preferência de compra. Os serviços on-line também dispararam. Os streamings em vídeo lideram com 74%, os processos financeiros aumentaram em 48% e o consumo de streaming de áudio cresceu 43%.

A pesquisa também aproveitou para descobrir quais eram as marcas mais lembradas pelos entrevistados nesse momento. Foram citadas cerca de 300 marcas, cujas 10 mais lembradas foram: Ambev, Ypê, Itaú, Natura, Boticário, Ifood, Magazine Luiza, Santander, Carrefour e Vivo. O que também se observou é que nessa lista estão empresas que agiram empaticamente e estão contribuindo para o combate à pandemia da Covid-19, seja fazendo doações de álcool em gel, máscaras e respiradores mecânicos ou ajudando de alguma outra forma.

 

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