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Covestro aumenta planos de investimentos

Por Jeniffer Oliveira - 01 de Agosto 2018

A Covestro, uma das principais fornecedoras de TDI para as indústrias de colchões brasileiras, manteve no segundo trimestre de 2018 o bom desempenho que tem tido ao longo do ano. As vendas totais foram de 3,9 bilhões de euros, aumento de 10,4% em comparação com o trimestre do ano anterior, graças à alta na demanda e nos preços de venda. Os volumes principais aumentaram 4,4%, com contribuição de todos os três segmentos (poliuretanos, policarbonatos e Coatings, Adhesives and Specialties) com taxas de crescimento positivas. O Ebitda cresceu 16,2% para 985 milhões de euros. Atingindo 604 milhões de euros, a receita líquida subiu 24,8% em relação ao período do ano anterior. O fluxo de caixa operacional livre (FOCF) teve elevação de 14,1% para 364 milhões de euros.

 

“Há demanda sustentada por nossos produtos no mundo todo, provando que nossa estratégia continuará rendendo frutos, já que nossos produtos atendem importantes tendências globais”, afirma o CEO da empresa, Markus Steilemann. “Melhoramos todos os nossos principais números no segundo trimestre. Graças a esse forte desempenho, estamos elevando nossas previsões para o ano todo”, complementa, explicando que isso vale para o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda), para o fluxo de caixa operacional livre (FOCF) e o retorno sobre o capital empregado (ROCE).

 

“Para manter o crescimento no longo prazo, também seguiremos elevando os investimentos”, declara Steilemann, explicando que o programa de investimentos inclui a expansão da produção em todos os três segmentos em diversas localidades em todas as regiões. Por exemplo, foi anunciada uma expansão significativa da produção global de filmes, com investimentos da ordem de 100 milhões de euros para atender a demanda em alta acentuada. Na unidade de Tarragona, na Espanha, estão sendo investidos cerca de 200 milhões de euros para montar sua produção própria de cloro e expandir as instalações atuais para fabricação do precursor de espuma rígida MDI. Além disso, estão sendo expandidas as capacidades de MDI em Brunsbüttel, na Alemanha, e a produção de policarbonatos em Caojing, na China. 

 

Previsões de crescimento sustentado confirmadas

 

“Vemos crescimento sólido nas nossas principais indústrias consumidoras e estamos elevando os investimentos para 650 a 700 milhões de euros este ano”, afirma o CFO Thomas Toepfer, acrescentando que nos próximos três anos a empresa continuará aumentando as despesas de capital anuais (Capex) para até 1,2 bilhão de euros. “Isso viabilizará uma expansão focada das capacidades produtivas, além da construção de novas unidades”, considera.

 

Atualmente há sinais de que os preços de mercado estão se normalizando em algumas áreas de produtos, especialmente para o precursor de espuma flexível TDI. “Por isso, nossa meta é reduzir ainda mais a ciclicidade do nosso portfólio de produtos e continuar nos desenvolvendo com sucesso”, acrescenta Toepfer. Esse objetivo poderá ser cumprido principalmente com aplicações adicionais altamente diferenciadas, para os setores automotivo, eletrônico e de saúde, por exemplo.

 

Com a expectativa de alta demanda sustentada a médio prazo nas principais indústrias consumidoras, como as fábricas de colchões, a projeção é de elevação do volume principal de cerca de 4% ao ano. Por essa razão, a empresa planeja continuar crescendo mais rápido que o produto interno bruto global (GDP). Ao mesmo tempo, a Covestro está monitorando as atuais incertezas geopolíticas.

 

O programa de recompra de ações da Covestro fez novos progressos, com a segunda etapa lançada no segundo trimestre. Até o momento, foram recompradas ações no valor total de mais de 800 milhões de euros (cerca de 5% do capital social).

 

No geral, até meados de 2019, a Covestro pretende recomprar ações próprias no total de até 1,5 bilhão de euros ou 10% do seu capital social. Os lucros por ação subiram 28,5% para 3,07 euros, em parte devido ao atual programa de recompra de ações.

 

Elevação das projeções para Ebitda, FOCF e ROCE

 

Em vista dos fortes resultados do primeiro semestre, a Covestro está elevando suas previsões para Ebitda, FOCF e ROCE em 2018. A nova expectativa da empresa é que o Ebitda do ano fiscal supere o nível do ano anterior e que o FOCF ultrapasse 2 bilhões de euros. Agora espera-se que o ROCE se mantenha próximo ao de 2017. A Covestro antecipa ainda um crescimento de até 5% do volume principal em 2018. Como sempre, essa previsão baseia-se em uma conjuntura normal de produto interno bruto. Para o terceiro trimestre de 2018, a expectativa é de Ebitda próximo ao nível do ano anterior.

 

Segundo trimestre de 2018: crescimento em todos os três segmentos

 

As vendas no segmento de poliuretanos subiram 8,1% para 1.966 milhões de euros no segundo trimestre deste ano. As vendas tiveram evolução positiva em todas as regiões, os volumes principais cresceram 3,9% no segmento, principalmente devido à elevação no grupo de produtos MDI, e o Ebitda do segmento subiu 6,2% para 583 milhões de euros.

 

O segmento de policarbonatos registrou crescimento especialmente forte nas vendas no segundo trimestre, de 15,9% para 1.056 milhão de euros – uma tendência positiva ocasionada principalmente pela alta nos preços de venda. Os volumes principais subiram 5,3%. A região Ásia-Pacífico contribuiu especialmente para a alta. O Ebitda de policarbonatos cresceu 44,7% para 285 milhões de euros.

 

O segmento de Coatings, Adhesives and Specialties também registrou evolução significativa em relação ao trimestre do ano anterior, com vendas em alta de 4,1% para 629 milhões de euros. Os volumes principais de Coatings, Adhesives and Specialties cresceram 5,8%, a maior taxa de crescimento dos três segmentos. O Ebitda subiu 14,9% para 139 milhões de euros.

 

 

Desempenho positivo mantido no primeiro semestre de 2018

 

No geral, a Covestro teve desempenho muito forte nos primeiros seis meses de 2018. As vendas totais subiram 7,9% ao ano para 7,6 bilhões de euros, impulsionadas principalmente pela alta nos preços de venda em todos os três segmentos. No grupo como um todo, os volumes principais aumentaram 2,2% ao ano nos primeiros seis meses. O Ebitda cresceu 20,9% para cerca de 2 bilhões de euros, motivado principalmente pela elevação dos lucros nos segmentos de poliuretanos e policarbonatos. A receita líquida foi de 1,2 bilhão de euros, com alta de 31,1%. O FOCF cresceu 37,4% para 728 milhões de euros.

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