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Crescimento do setor moveleiro gaúcho não virá pelas exportações

Revisado Natalia Concentino - 23 de Outubro 2024

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“O cenário internacional não vai impulsionar o segmento moveleiro”. A afirmação é de Giovani Baggio, economista-chefe da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS) durante a 32ª edição do Congresso da Movergs, realizado nesta terça-feira (22), em Bento Gonçalves (RS). Para ele, se for possível fazer as sinalizações corretas, é possível valorizar o câmbio, mas há outros obstáculos à frente, como a guerra do Oriente Médio traz muita incerteza. “Um exemplo que impacta no dia a dia das pessoas é o preço do petróleo, e petróleo está muito ligado ao crescimento econômico. É uma incerteza por causa das economias que vão se romper com esse conflito”, disse Baggio.

 

Em relação ao cenário local, o economista informou que após o período crítico das chuvas em maio, 88% dos estabelecimentos gaúchos estão operando em um nível normal e cerca de 8% operam em um nível muito abaixo, ou seja, não se recuperaram da tragédia climática. Segundo ele, nem tudo está resolvido, muitas empresas ainda estão com algum tipo de dificuldade.

 

A última pesquisa de sondagem industrial feita pela entidade mostrou que os empresários estão otimistas e com intenção de investimentos elevada. Acreditam que a economia vai conseguir reagir nos próximos meses - o setor moveleiro se insere nesse contexto. “Comparado as demais atividades, o de móveis foi o grande destaque da produção industrial no primeiro semestre de 2024. É um comportamento circunstancial”, realça Baggio.

 

De acordo com estudos da FIERGS, a situação financeira das empresas, de um modo geral, se aproxima de neutro. Houve ajuste nas expectativas, mas continuam positivas inclusive para investimento e exportação. Por fim, deixou uma orientação: “Esse é o momento de olhar para a gestão. A competitividade vai depender muito do que os empresários vão fazer dentro dos seus negócios”, alertou.

 

“Tenho certeza de que vamos sair deste evento com informações relevantes e fôlego renovado para tornar o setor moveleiro gaúcho cada vez mais competitivo”, enfatizou Euclides, presidente da Movergs na abertura do congresso. “Passado o momento tão difícil que o Rio Grande do Sul viveu em maio, entendemos que é hora de nos adaptarmos e olhar para o futuro. Nosso estado tem força. E as mais de 2,4 mil indústrias moveleiras gaúchas também, especialmente quando unidas pelo associativismo”, conclamou o empresário. 

 

leia: Congresso da Movergs debate o caminho da evolução

 

Diretor de marketplace do Mercado Livre, Diego Araújo Santos trouxe insights de uma das plataformas mais utilizadas do país para compras on-line. “O segmento de móveis é bastante conectado com as tendências e as compras nessa categoria costumam ter um processo mais demorado. De modo geral, oito em cada 10 buscas são feitas de forma genérica, com palavras como ‘sofá’, ‘sapateira’ e ‘mesa’, ou seja, o cliente não busca por marca. Não adianta simplesmente vender na plataforma, mas sim gerar conexões para agregar valor”, explicou.

 

Case Aramis

 

Outro momento inspirador do evento foi a apresentação do case da marca de moda masculina Aramis, que nos últimos anos passou por reestruturação societária e reposicionamento. A ousadia para inovar foi liderada por Richard Stad, hoje CEO da companhia. “A cultura de qualquer organização é testada nos momentos desafiadores. Se você tem clareza da sua essência, todo o resto tem que conseguir se adaptar”, salientou em sua fala. “Cultura é menos do que eu falo e do que está escrito na parede e mais pela relação das pessoas no dia a dia”, ensinou Stad.

 

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