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INDÚSTRIA FORNECEDOR

E-commerce sente a crise

Por Daniela Maccio - 26 de Outubro 2015

Em agosto, o volume de pedidos de consumidores no comércio eletrônico teve a primeira queda desde 2000, início da série histórica da consultoria especializada E-bit. O recuo foi de 7% em relação ao mesmo mês do ano passado, reflexo do desaquecimento do varejo e da economia como um todo. A situação tornou mais distante para as companhias de varejo virtual a meta de sair do vermelho.

 

Para minimizar os efeitos da crise, as empresas do setor estão enxugando custos. O prazo de parcelamento das compras está menor e a prática do frete gratuito ficou bem mais restrita. Agora, se o cliente quer receber uma mercadoria de forma mais rápida tem que pagar mais caro. Outra tática é criar "marketplaces", ambientes onde a loja principal oferece produtos de outros lojistas, e dessa forma, amplia o portfólio e o tráfego de internautas, diluindo custos.

 

No primeiro semestre, o número de consumidores ativos também caiu 7%, para 17,6 milhões, em relação ao primeiro semestre de 2014. O número de pedidos aumentou apenas 2,5%, para 49,4 milhões. E a receita cresce bem mais devagar. No primeiro semestre do ano passado a taxa de expansão era de 19%. Neste ano, até junho, cresceu 8,8%, em termos reais, para R$ 18,6 bilhões.

 

Companhias de comércio eletrônico como a Cnova (que reúne as operações de Ponto Frio, Casas Bahia e Extra), amargaram prejuízos na primeira metade do ano, mesmo obtendo crescimento nas vendas. A Cnova teve prejuízo de € 95,8 milhões (R$ 404,2 milhões) de janeiro a junho, ante perda de € 45,1 milhões (R$ 190,3 milhões) no mesmo intervalo de 2014. Em vendas, as varejistas virtuais superaram o desempenho do comércio tradicional, que teve queda de 2,2% no semestre, segundo o IBGE. A Cnova reportou crescimento de 14,3% no semestre (€ 1,8 bilhão/R$ 7,6 bilhão).

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