Demanda das empresas por crédito cai em abril
A demanda por crédito por parte das empresas de menor porte caiu 6,4% em abril na comparação com de março, segundo dados apurados pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes (CNDL). Na comparação com abril de 2016, houve recuo de 5,7%. Já no acumulado de 2017, a queda foi de 2,6% ante o mesmo período do ano passado.
Na escala do indicador, o resultado ficou em 12,36 pontos, número ligeiramente abaixo do observado em março (13,20 pontos). Quanto mais próximo de 100, maior é a probabilidade de os empresários procurarem crédito e quanto mais próximo de zero, menos propensos eles estão para tomar recursos emprestados.
Para o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, “o Brasil levará tempo para restaurar a confiança perdida. Por isso que muitos empresários ainda vão demorar a se sentir confiantes o suficiente para tomar crédito, fazer investimentos e comprometer o orçamento da sua empresa com dívidas à espera de um retorno no futuro”, explica o presidente.
De acordo com o indicador, somente 6% dos micro e pequenos empresários manifestaram a intenção de contratar crédito nos próximos 90 dias, contra 85% de entrevistados que não têm esse objetivo. Entre os empresários que rejeitam buscar recursos de terceiros nos próximos três meses, conseguir manter o negócio com recursos próprios é a principal razão, mencionada por 48%. As altas taxas de juros também pesam nessa decisão, sendo a justificativa de 19% desses empresários. A insegurança com as condições econômicas do país em virtude da recessão foi mencionada por 14%
Apesar do cenário ainda difícil, 25% dos empresários pretendem fazer algum investimento nos próximos 90 dias. Entre essa parcela minoritária de empresários, a principal motivação para investir é aumentar as vendas, mencionada por 48% desses empresários. Também são citadas a necessidade de atender ao aumento da demanda (16%), adaptar a empresa a uma nova tecnologia (14%) e economizar recursos (10%). Os investimentos prioritários serão ampliação de estoque (30%), investimentos em comunicação e propaganda (26%), reforma da empresa (26%,) compra de equipamentos (23%) e ampliação do portfólio (17%).
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