Demanda por crédito cresceu 7,5% em 2011
Por Edson Rodrigues
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09 de Janeiro 2012
A alta das taxas de juros que prevaleceu até o final de agosto do ano passado, o maior nível de endividamento dos consumidores, a alta da inflação, o aumento da inadimplência tornando mais seletiva a oferta de crédito por parte dos agentes financeiros e o agravamento da crise financeira na Europa foram os fatores que contribuíram para este desempenho mais fraco da demanda do consumidor por crédito em 2011, observam os economistas da Serasa Experian.
Análise por classe de renda pessoal mensal
Os consumidores das camadas inferiores de rendimento mensal foram os que puxaram (crescimento acima da média) a alta da procura por crédito em 2011. Os avanços foram de 20,0% para aqueles cujo rendimento mensal situa-se abaixo de R$ 500,00 e de 8,7% para aqueles que ganham entre R$ 500,00 e R$ 1.000,00 por mês. A diminuição da informalidade no mercado de trabalho em 2011 beneficiou, principalmente, os indivíduos de baixa renda que passaram a dispor de maior acesso ao mercado de crédito.
Também se destacaram os consumidores que possuem rendimento mensal entre R$ 5.000,00 e R$ 10.000,00, os quais aumentaram sua demanda por crédito em 10,5% no ano passado.
As demais faixas de rendimento pessoal mensal também apresentaram variações positivas em suas demandas por crédito em 2011, porém abaixo da taxa média agregada de crescimento.
Análise por região
Todas as regiões geográficas do país exibiram crescimento nas demandas dos seus consumidores por crédito em 2011, com destaque para o Nordeste, que registrou crescimento de 11,7%. Foi o segundo ano consecutivo em que os consumidores nordestinos lideraram a busca por crédito, já que em 2010 este número havia crescido 17,7%.
Também o Centro-Oeste acusou uma evolução acima de média nacional em termos de demanda dos seus consumidores por crédito no ano passado: alta de 8,9%.
Já nas demais regiões geográficas do país, as taxas de expansão da busca por crédito de seus consumidores situaram-se abaixo da média nacional.
(Fonte: Serasa Experian)
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