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Primeiro as caixas, agora as rede para bebês

Por Jeniffer Oliveira - 14 de Setembro 2018

Depois do Programa de Ação Social da Unimed Cuiabá e o Hospital Santa Helena lançarem o projeto Primeiro Berço Sustentável, inspirado na experiência de sucesso da Finlândia, que possui uma das menores taxas de mortalidade infantil do mundo, outro projeto no Espírito Santo está usando redes para os bebês.

 

Para simular o aconchego do ambiente uterino, trazer mais conforto e ainda melhorar a saúde de recém-nascidos internados na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (Utin), um hospital de Linhares faz um tratamento chamado Terapia na Rede, que consiste em colocar pequenas redes de balanço nas incubadoras para os bebês.

 

Dentro dessa redinha, o recém-nascido se desenvolve mais rápido, de acordo com o pediatra Marco Aurélio Oliveira, especialista em pediatria neonatal. “Por simularem o espaço intrauterino, as redes acalmam os bebês, diminuindo o estresse, melhoram o sono, organizam melhor os bebês e ajudam no seu desenvolvimento neuropsicomotor”, destacou.

 

Já a fisioterapeuta Ariany Bitencourte da Silva Fracalossi, responsável pela implantação da técnica na Utin do Hospital Rio Doce em março, afirmou que as redes dentro das incubadoras melhoram a qualidade da recuperação do recém-nascido. “Muitos prematuros nascem com menos de um quilo e só vão receber alta quando estiverem com mais de dois quilos. Este é um processo demorado, que estressa pais e filhos. Na rede, o bebê poupa suas energias, o que favorece o ganho de peso, e tem menos risco de desenvolver lesão que surge após o contato constante da pele com o colchão”, explicou.

 

Para o tratamento ser liberado, o recém-nascido precisa estar clinicamente estável, sem auxílio de oxigênio na respiração e com boa frequência cardíaca. O bebê deve ser colocado na rede quando acordado, e não sedado, para que participe do processo e aproveite o momento.

 

(Com informações da Gazeta Online)

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