Duratex tem alta de 3,4% na venda de painéis no 2º trimestre
A Duratex acaba de anunciar os resultados financeiros do segundo trimestre. A companhia apresentou R$ 1,144 bilhão de receita líquida consolidada, refletindo queda de 2,0% em relação ao mesmo período de 2018, com a ressalva de que os resultados do segundo trimestre do ano passado levaram em consideração as receitas advindas do negócio de chapas de fibras de madeira, vendido para a Eucatex no terceiro trimestre de 2018, e da venda de ativos biológicos para a Suzano S.A, que juntas representaram aproximadamente R$ 97 milhões. Excluindo esses efeitos da base de comparação, a receita líquida apresentou crescimento de 6,8% em relação ao mesmo período do ano anterior, refletindo a melhoria do mix de produtos das marcas. No semestre, a receita líquida apresentou alta de 2,0% em relação ao primeiro semestre de 2018 – excluindo os efeitos citados acima, este crescimento foi de 6,8%.
No segundo trimestre, o lucro líquido recorrente foi de R$ 69,4 milhões, aumento de 152,7% comparado ao mesmo período do ano anterior, desempenho dos negócios e o maior impacto de variação do valor do ativo biológico, que gerou ganho de cerca de R$ 40 milhões em seu lucro líquido.
O EBITDA ajustado e recorrente foi de R$ 213,3 milhões no período, com uma margem de 18,6%. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, houve uma redução de 3,1% do EBITDA ajustado e recorrente, justificada parcialmente pelo diferencial do resultado advindo do negócio de chapas de fibra e o menor volume vendido de madeira em pé, bem como por aumento dos custos. No consolidado semestral, o EBITDA ajustado e recorrente foi de R$ 392,6 milhões, com margem de 17,9%.
Os números refletem o cenário macroeconômico do trimestre com desempenho abaixo das expectativas, apresentando retração nos principais índices econômicos, baixa taxa de utilização da capacidade produtiva da indústria, queda da demanda doméstica pressionada pela elevada taxa de desemprego e baixo índice de confiança do consumidor, que, mesmo tendo apresentado leve crescimento em junho, ainda se encontra em patamares inferiores aos alcançados no último trimestre de 2018.
“Acreditamos que eventos como a aprovação em primeiro turno da reforma da previdência pela Câmara dos Deputados, logo após o término do segundo trimestre, é um passo essencial para o início da recuperação econômica do país em continuidade à agenda de reformas do Governo, favorecendo o aumento de investimentos e a retomada da confiança do consumidor”, afirma o diretor de Administração, Finanças e Relações com Investidores da Duratex, Henrique Haddad. Segundo ele, o histórico de sazonalidade do segundo semestre, que mostra um volume de vendas maior do que o do primeiro, também contribui para sinalizar um cenário mais favorável para os próximos meses para o setor de material de construção.
Os investimentos consolidados somaram R$ 142,2 milhões no trimestre, dos quais R$ 96,6 milhões foram investidos em ativos imobilizados e intangíveis e R$ 45,6 milhões para formação de ativo biológico.
No semestre, os investimentos consolidados somaram R$ 222,2 milhões, dos quais R$ 88,1 milhões para formação de ativo biológico e R$ 134,1 milhões investidos em ativos imobilizados e intangíveis.
O CAPEX de 2019 será de até R$ 525 milhões, sendo o foco principal dos investimentos a sustentação das operações fabris e florestais. Entre elas, o aumento de capacidade em revestimentos cerâmicos e a constituição da joint venture para produção de celulose solúvel, cujo andamento está dentro do planejado. A Companhia já obteve a licença prévia e, atualmente, está trabalhando no detalhamento do projeto de engenharia.
O endividamento líquido encerrou o segundo trimestre do ano em R$ 2.060 milhões, o que representa um índice de alavancagem de 2,45x (Dívida Líquida sobre EBITDA Ajustado e Recorrente), ligeiramente superior ao apresentado no trimestre anterior, principalmente devido ao desembolso com o projeto de expansão em revestimentos cerâmicos no valor de R$ 47 milhões.
Resultados por divisão
A Divisão Madeira teve crescimento de 3,4% no volume de painéis vendidos no segundo trimestre, em relação ao segundo trimestre de 2018. É importante ressaltar que o comparativo realizado já exclui os volumes de chapas de fibra expedidos neste período. A receita líquida totalizou R$ 701,8 milhões no trimestre, com queda de 6,1% em comparação com o mesmo período de 2018, justificada principalmente pelas receitas não recorrentes observada no segundo trimestre, como a 1ª tranche da venda de ativos florestais para a Suzano S.A. e a receita advinda do negócio de chapas de fibra, que juntas totalizaram R$ 97 milhões. Excluindo esses eventos não recorrentes, a receita líquida cresceu 7,7% em relação ao segundo trimestre do ano anterior, sendo resultado da política comercial da madeira.
Comentários