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Empresa portuguesa transforma pasto em MDF

Por Marina - 12 de Março 2018

Painéis decorativos produzidos a partir de mato recolhido durante a limpeza da floresta em Portugal foi um dos produtos inovadores apresentados por empresas portuguesas na feira de construção ecológica Ecobuild, em Londres. O conceito foi desenvolvido pela Pladec, uma marca do grupo Polo JCP criada para a fabricação de painéis com MDF (placas de aglomerado de madeira) para revestimentos de parede e aplicações de móveis.

 

Depois de ter usado materiais como as borras de café e o cardo, em conjunto com o Politécnico de Viseu, a Pladec criou uma linha de painéis que usa como matéria-prima resíduos florestais que vão desde ervas aromáticas a folhas de pinheiro ou de eucalipto, cujos aromas se mantêm nos painéis. “Permite não só aproveitar o mato mas valorizar o material”, disse à agência Lusa o director da Pladec, João Pinto, que elege como prioridade o desenvolvimento de novos produtos.

 

Os painéis poderão ser usados não só na decoração de paredes como em soalhos, estando em teste a sua utilidade em termos de isolamento sonoro ou térmico. “Há uma falta de produtos verdes na área da construção”, afirmou o responsável da empresa criada em 2008 e que exporta 95% da sua produção, tendo em 2017 movimentado 1,2 milhões de euros.

 

A Pladec integrou uma missão de empresas da AIMMP - Associação das Indústrias de Madeira e Mobiliário de Portugal à Ecobuild, uma feira dedicada ao sector da construção e decoração com critérios ambientais e de sustentabilidade. Esta foi a segunda participação consecutiva da Green Apple, empresa de mobiliário que usa madeiras e tecidos certificados em termos ecológicos, com o objectivo de fazer contactos fora do sector da decoração. “As feiras fora do setor atraem público como arquitectos e designers e o Reino Unido tem grande alcance internacional, porque isso está tudo interligado”, adiantou o fundador, Sérgio Rola, referindo que só em 2017 a empresa participou em 20 feiras, em países como Reino Unido, França, EUA, China e Arábia Saudita.

 

As exportações representam 70% do fatutramento, sendo a China e EUA onde vê maior potencial para uma oferta de “mobiliário de luxo, de peças únicas com elevado padrão de qualidade para clientes que valorizam produtos feitos à mão com ‘design’ moderno”. O volume de negócios em 2017 atingiu os quatro milhões de euros, mas espera que cresça 50% em 2018 para seis milhões de euros e para 10 milhões de euros em 2019.

 

Outra das marcas que viajou com a AIMMP foi a “Bancci”, criada no ano passado pelo grupo X8 Solutions, especializada em cadeiras e mesas de luxo “feitos com ecoconsciência: os processos, materiais e tecidos têm todos certificação ecológica”. A X8, uma empresa de Paços de Ferreira com 25 anos, possui instalações com 100 mil metros quadrados cuja produção é 90% exportada para o mercado europeu, movimentando anualmente cerca de 4 milhões de euros.

 

Outra empresa com 20 anos de história, a AVEPA, também participou na Ecobuild com o objectivo de promover um dos seus negócios mais recentes - o fabrico de máquinas de equipamentos de refrigeração para ‘catering’ sob a marca Krux. “Todos os materiais - vidro, madeira e inox - podem ser reciclados, o isolamento térmico permite uma grande eficiência e usamos tecnologias avançadas em termos energéticos, como a iluminação com LED”, enfatizou o diretor, Pedro Hora. As exportações representam entre 70 e 80% das vendas da Krux para 20 países, como Itália, Holanda ou Bélgica, facturando na ordem dos 1,8 milhões de euros contribuindo para o negócio da AVEPA, cujo volume de negócios ascende aos seis milhões de euros.

 

Compincar, Douro Deck, Granite, MHS - MÁRIO HENRIQUES & SOUSA, LDA, Nogueira Fernandes Lda, Bagno Interiores Lda, ITAF - José Henriques dos Santos Lda., J&J TEIXEIRA, S.A., MODUPAINEL e Volcalis são outras das empresas com representação na Ecobuild.

 

De acordo com a AIMMP, as exportações da fileira da madeira e mobiliário, que inclui mdeira e oras de madeira e mobiliário e colchoaria, somaram 2.317 milhões de euros em 2017, um crescimento de 4% face a 2016. Para o Reino Unido em particular, as exportações de mobiliário e colchoaria aumentaram 18% para 120 milhões de euros no último ano, mas decresceram 15% em madeira e obras de madeira, para 73 milhões de euros.

 

(Com informações de Agência Lusa)

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