Impressão 3D usa resíduos agrícolas como matéria-prima
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Uma empresa de móveis sob demanda, customizada e ecológica surgiu nos Estados Unidos. Trata-se da “Model No.”, uma companhia que usa resíduos agrícolas de palha de milho, cana-de-açúcar, beterraba e uma impressora 3D para fabricar móveis.
A proposta da empresa é dar a possibilidade de os consumidores adquirirem peças de mobília exatamente do tamanho que desejam. Para quem compra, a vantagem é óbvia, mas quem ganha também é o planeta, uma vez que nenhuma matéria-prima será retirada da natureza sem necessidade.
A produção sob demanda ainda aproveita subprodutos da safra de alimentos – mais uma vez trocando a extração de recursos pela utilização do que já está disponível.
Uma linha de produtos 3D lançada pela companhia inclui mesa, criado mudo e mesinha de centro. O design básico já é predefinido para cada peça, mas elas podem ser personalizadas em suas formas, dimensões e cores. A ideia também é que as peças possam ser entregues em poucas semanas, diferente do mercado de móveis planejados tradicional.
Além das resinas vegetais, a empresa também fabrica peças com madeira certificada FSC, aço e alumínio – que podem ser reciclados.
Olhando para o futuro
Para a Model No., a indústria de móveis precisa urgentemente ser repensada. “As peças são construídas com materiais que não são sustentáveis ou ecológicos. O processo de fabricação é um desperdício, desde o impacto ambiental negativo da manufatura em massa até o excesso de estoque não vendido feito de materiais que não são biodegradáveis”, afirma a companhia. Nesta lacuna, ela surge para abrir os caminhos.
A próxima meta, já em fase de desenvolvimento, é permitir que cada móvel possa retornar para a companhia após o fim de sua vida útil. Cada produto devolvido pelo cliente poderá ser transformado em algo novo. Aliás, não é à toa, que todas as peças são numeradas, pois cada uma delas é única.
Comprar móveis sob medida é a melhor forma de aproveitar cada espacinho do lar, sobretudo para quem mora em apartamentos pequenos. Mas, hoje ter móveis planejados é uma escolha onerosa. O que pode mudar, se o futuro da mobília for mais consciente. Este é o “novo normal” possível.
(Com informações Ciclo Vivo)
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