Empresária transforma móveis do lixo em negócio
Por Edson Rodrigues
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28 de Agosto 2012
Depois de estudar Comunicação e Cultura nas universidades Católica e de Letras em Lisboa, em Portugal, Guida Santos, 35, viu no lixo uma oportunidade de negócio. Ela foi hospedeira na Air Luxor e trabalhou numa agência de marketing. Mas as regras de um trabalho com hora marcada e em que o telefone não parava de tocar não deram a Guida o resultado que esperava.
"Cheguei a um ponto em que já não conseguia ouvir o telefone. Não sei, houve uma altura em que achei que aquilo não era para mim. Decidi tentar outra coisa." A virada na vida dela coincidiu com o curso de Marcenaria e com o nascimento do primeiro filho. "Adorei. Era o trabalho ideal para mim, sem stress, e era uma coisa que eu sempre gostei de fazer."
Guida sempre fez transformações em casa. "Sou tipo um coletor, uma daquelas pessoas que fica à procura de coisas nos contentores das obras". Recolhia móveis, reaproveitava outros, pintava-os, adaptava-os. Em 2009, abriu a primeira oficina da empresa Monstros, uma cave sem janelas que servia como espaço de trabalho, mas não se adequava às necessidades da marca em que investiu com o marido, sócio da Monstros, que mantém o "emprego estável e certo".
O atelier Monstros se alavancou com a mudança de espaço para uma oficina perto do Mercado de Arroios, em Lisboa. Por meio do vidro, veem-se toucadores coloridos, mesas de cabeceira com andorinhas brilhantes pintadas e cómodas enfeitadas com rendas e croché. São efeitos de uma vontade criativa que Guida intercala com as encomendas para colar, pintar e redecorar móveis antigos. Uma forma de dar uma nova vida aos móveis que foram jogados no lixo.
(Fonte: Dinheiro Vivo)
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