Empresários do comércio se unem contra crise
Responsável por 26% do PIB (Produto Interno Bruto) e 60% da mão-de-obra na Bahia, o setor de comércio é um dos mais afetados pela atual crise econômica no País. Somente este ano mais de três mil estabelecimentos comerciais já fecharam as portas no estado, com queda em torno de 20% nas vendas no varejo. Para a primeira quinzena de abril, empresários e profissionais do setor preparam uma grande mobilização para manifestar o inconformismo com a atual crise econômica. “Não se trata de qualquer manifestação partidária, mas de demonstrar que a crise atinge a todos, do trabalhador ao empresário e a população como um todo”, justifica o presidente da Associação Comercial da Bahia, Luís Fernando Queiroz.
Para o presidente da Federação da Câmara dos Diretores Lojistas da Bahia (FCDL), Antoine Tawil, apesar do momento ser “realmente desesperador, é possível encontrar soluções através da união de forças”. Segundo ele, a atividade econômica está paralisada justamente por causa das incertezas no cenário político no País.
Perspectivas
Além da mobilização, os representantes dos empresários do comércio pretendem entregar um documento contendo uma série de propostas para reverter a atual crise econômica tanto ao prefeito ACM Neto, como ao governador Rui Costa, e também à presidente Dilma Rousseff e ao Congresso Nacional, “porque se trata de uma crise generalizada que tem afetado a economia em todos os setores da atividade produtiva”, destacou o presidente da Associação Comercial da Bahia, Luís Fernando Queiroz.
O vice-presidente da Federação do Comércio, Kelsor Fernandes, acredita que é preciso resgatar a confiança tanto do consumidor como do empresariado. “Há uma retração da atividade produtiva por falta de uma perspectiva clara, assim como há uma retração do consumidor, que evita consumir além do mínimo, com temor do desemprego e do agravamento da recessão”, disse.
Chama a atenção o elevado índice de inadimplência das famílias, que na Bahia atinge a mais de 60% das famílias, alcançando patamar de 70% no País como um todo. “O comércio é o último nicho da economia, mas ele sobrevive se tiver um mínimo grau de confiança de quem produz e de quem compra. E para que isso se restabeleça, é preciso esse esforço conjunto com propostas que mudem o atual cenário negativo em que vivemos”, aponta Antoine Tawil.
Com informações da Tribuna da Bahia
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