Empresários moveleiros podem esperar virada em 2020
Dá pra imaginar, pelo título acima, como os empresários moveleiros são otimistas. Mas não é exagero, não. Quem está lendo agora, superou os quatro anos mais difíceis da história do mobiliário, com certeza. Jamais tivemos quatro anos como foram 2015, 2016, 2017 e 2018. Terminamos 2019 agradecendo a Deus por estarmos vivos e, pelo menos para alguns, começamos a emergir desta crise.
Acredite, a produção de móveis entre 2015 e 2018 recuou 20,7%. Os preços dos móveis no varejo, medidos pelo IPCA, neste período, subiram apenas 1,5% enquanto a média do IPCA chegou a 25,6%. Mas, como tragédia pouca é bobagem, se a produção caiu, é claro que o consumo acompanhou. E não foi pouco. Entre 2015 e 2018, o volume de vendas no varejo caiu 30,3% e a receita nominal de vendas recuou 20,6%. Todos estes dados são oficiais, pesquisados e divulgados pelo IBGE. Os números não são bons, mas são honestos. Eles revelam o que de fato aconteceu. Muitos não se ativeram à eles e talvez agora se surpreendam pelo que eles representam da gravidade do quadro enfrentado pelos moveleiros.
Se serve de consolo, analisando o mesmo período (2015-2018), o volume de exportações de móveis subiu 19,1% a U$ 716,5 milhões enquanto as importações recuaram 7,1% a U$ 681,9 milhões. Parece bom, mas ajuda pouco porque já tivemos dias melhores como em 2005 quando vendemos mais de 1 bilhão de dólares no mercado externo. E no mesmo ano as importações não chegaram a U$ 160 milhões.
É claro, ainda precisamos fechar as contas de 2019, mas os números que dispomos nos permitem concluir que foi mais um ano perdido, embora tudo tenha deixado de cair, o que já é um sinal positivo. Até outubro o IPCA de mobiliário registrava alta de 1,05% no acumulado de 12 meses, pouco mais de 40% de correção sobre o IPCA médio do período, bem melhor do que o 0,37% de outubro do ano passado. As vendas no varejo registravam alta de 4,6% no acumulado de janeiro a setembro, bem melhor do que a queda de 3,3% registrada nos primeiros 9 meses de 2018. E a produção de móveis, de janeiro a setembro, apresentava recuo de apenas 0,4%, antevendo o encerramento de 2019 em terreno positivo, diferente de dezembro de 2018 quando fechamos o ano com queda de 0,3% em relação a 2017.
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